quinta-feira, 5 de abril de 2018

A Fábula do Leão Manso

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A respeito da gritaria generalizada vinda de canalhas de diversos naipes e pelos, como reação à manifestação do Comandante do Exército, me lembrei de uma velha fábula que bem retrata o ocorrido.
O Leão Manso
por Jacornélio M. Gonzaga
Era uma vez um homem que tinha um leão. Comprou-o recém nascido, para criá-lo em sua casa. 
A casa do homem era grande e bonita, construída em um enorme terreno onde o homem tinha flores e frutos e os cuidava e guardava com muito orgulho e carinho. 
O leão, quando grande, pela presença, deveria dissuadir os invejosos de suas inconfessáveis ambições sobre sua rica propriedade.
O tempo foi passando, e o leão, tratado com carinho e bem alimentado, cresceu bonito e forte, impressionando a todos pelo tamanho e pela obediência ao homem, era realmente muito disciplinado.
O homem tinha muito orgulho do leão e de si próprio, afinal, a ideia de ter um felino daquele porte lhe trazia grande tranquilidade. Sua simples presença era a garantia de que ninguém ousaria adentrar, sem seu conhecimento, na rica propriedade. Todos admiravam, respeitavam e temiam o leão.
Com o passar dos anos, o homem achou que havia nas redondezas um temor exagerado de seu leão, além do que ele julgava necessário. Até seus vizinhos evitavam passar por perto dos muros da casa, com medo do leão.
Embora ele afirmasse que o leão era manso, todos o temiam. Havia gente que perdia o sono ao ouvir um simples rugido do leão.
O homem, preocupado com o temor dos vizinhos, valendo-se da disciplina e da obediência do leão, condicionou-o a fazer e manter o silêncio! O leão, submisso, parou de rugir, apenas ronronava, era a única manifestação de seu instinto que a autoridade do dono lhe permitia!
O silêncio do leão tranquilizou as redondezas e convenceu a todos de que o leão era realmente manso.
Passado algum tempo, o homem acordou pela manhã e deparou-se com pichações nos muros de sua preciosa casa, devastação no jardim e no pomar, flores e frutos roubados, e constatou, horrorizado, que a presença do leão não intimidava mais os invejosos, eles haviam constatado que o leão era inofensivo, guardavam-lhe a admiração pelo porte e pela obediência mas não mais o respeitavam, pois era inofensivo, sequer rugia!
Moral da história: "O leão pode ser disciplinado e obediente, mas não inofensivo, precisa, pelo menos, rugir de quando em vez para se fazer respeitado".
Fonte:  Ternuma

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