sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Conclusões Sobre a Greve da PMES

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Caros amigos
É fácil comprovar, e nunca é demais repetir, que o fim do Regime Militar ensejou o início de um estudado e deliberado clima de libertinagem que nos conduziu, ao longo dos últimos 30 anos, à exacerbação do desmando, da corrupção, da impunidade e da compensação do crime, fazendo com que chegássemos, nos dias de hoje, ao caos e ao império da criminalidade.
O primeiro marco temporal dessa planejada “evolução” foi a promulgação da nossa Constituição “Cidadã” — aglomerado de direitos deliberadamente dirigidos aos “cidadãos” portadores da “necessidade especial” de protegerem-se da ação coercitiva do Estado.
Desde antes da chegada do PT ao poder — etapa fundamental de um plano totalitário, comunista, elaborado pelos integrantes do Foro de São Paulo além da crescente libertinagem, falsamente apresentada como “liberdade”, procedia-se a uma inescrupulosa campanha de demonização, desmoralização e cooptação das FFAA e das Polícias Militares, procedimento fundamental para o sucesso do plano.

A criação da Comissão Nacional da Verdade e a criminalização da ação policial militar face à violência crescente da bandidagem, cada vez mais estimulada a organizar-se, são evidências dessa componente do plano.
O fim da influência do Exército sobre as PM — Forças Auxiliares — com o esvaziamento da Inspetoria Geral das Polícias Militares (IGPM), cedeu terreno para que o Poder Político ocupasse esse espaço e buscasse transforma-las em milícias a serviço dos interesses políticos e ideológicos dos governos estaduais. A promoção de um Major a Coronel, contrariando todas as regras de promoções, para em seguida nomeá-lo Comandante Geral da Brigada Militar, durante o governo de Tarso Genro, no Rio Grande do Sul, é o exemplo mais gritante dessa nefasta “evolução”.
A ditadura do “politicamente correto” e a hipocrisia dos defensores dos “direitos humanos” tolheram a tal ponto a atuação das PM que chegamos à nunca imaginada marca das 60 mil mortes violentas por ano e, no mesmo período, ao recorde mundial de assassinatos de policiais.
Em que pese à ilegalidade, à inoportunidade e aos resultados fatídicos da atual greve da PM do Espírito Santo — que transformou o estado em área liberada para todos os tipos de crimes —, a sua ausência nas ruas deixou comprovada a sua eficiência na contenção do índice de criminalidade intencionalmente estimulado pelo plano macabro de poder da esquerda revolucionária, liderada pelo Partido dos Trabalhadores.
A forma escolhida pelos Policiais Militares para sensibilizar o governo do Estado para a sua degradante situação salarial é também reflexo da perniciosa politização de seus quadros mais graduados, porquanto a hierarquia, a disciplina, o sentido da autoridade e a tradição — pilares de qualquer organização que se quer militar — são fatores que asseguram, além do amor próprio e do espírito de corpo, a confiança nos chefes, selecionados por seus méritos pessoais e profissionais para o exercício do Comando e para assegurar os interesses corporativos de quem diariamente arrisca a vida para cumprir o seu dever.
O ingrediente mais importante da liderança bem sucedida é a confiança. Um líder militar é alguém que identifica e busca, a qualquer custo, a satisfação das necessidades legítimas de seus liderados. A autoestima é fundamental para a eficiência dos soldados e inclui a necessidade de sentir-se valorizado, tratado com respeito, apreciado, encorajado, tendo seu trabalho reconhecido e justamente recompensado.
A autoridade do Comandante se estabelece quando há a certeza de que ele serve aos subordinados e sacrifica-se por eles, pela instituição e pelo compromisso de todos com a nobreza da missão, acima de qualquer interesse pessoal.
O lamentável episódio, além das conclusões acima e de muitas outras que o estudo minucioso do caso possam trazer, permite, em particular, enaltecer o exemplo de prontidão das FFAA brasileiras para acudir a sociedade em perigo em quaisquer circunstâncias e locais do território brasileiro, põe em dúvida o custo benefício da manutenção de uma Força Nacional de Segurança Pública nos moldes atuais e, por fim, mas não por último, prova o desserviço à segurança pública e pessoal causado pela lei do desarmamento dos homens e das mulheres de bem, diante da impossibilidade de desarmar os criminosos, este sim, um efetivo atentado aos direitos humanos dos humanos direitos!

Gen Bda Paulo Chagas
Fonte: Facebook
COMENTO (atualizado em 11 Fev 17): muito boa a análise do General Paulo, todavia, talvez para não estender seu texto, deixou de citar que quanto mais são usados para cobrir e sanar os problemas causados pela má gestão generalizada do país, os militares das Forças Armadas continuam ameaçados — pelos mesmos gestores incompetentes de terem seus direitos, mais uma vez restringidos. A devida retribuição dos sacrifícios exigidos já não é questão de patriotismo, profissionalismo ou justiça. É objeto de sobrevivência dos pilares da disciplina e hierarquia, que parecem ser os alvos da deterioração planejada pelos indecentes inimigos da Pátria, afim de destruir a única barreira entre eles e o poder completo que almejam desde a década de 20 do Século passado e tentaram conquistar já por três vezes sem sucesso. A quebra da coesão entre Forças Armadas e Polícias Militares é só um passo dos propósitos que eles pretendem. Agora, com o impasse que está ocorrendo no Espírito Santo, parece que esse objetivo dos canalhas está sendo alcançado. O efetivo das Forças Armadas para lá deslocado não é suficiente para efetuar o policiamento. Se alguma medida for adotada contra as mulheres que bloqueiam os portões dos quartéis, embasará as reclamações de "covardia, excesso de violência, etc", podendo desandar para enfrentamento entre os Policiais amotinados e os militares das Forças Armadas. Se nada for feito, haverá o desgaste da tropa federal — já houve uma morte e espera-se a gritaria — e, em breve, a acusação de incompetência.
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