domingo, 30 de setembro de 2012

Explicações, Burradas, Entregas e a Mamata Certa

por Arthurius Maximus
O grande bastião do governo atual sempre foi a defesa do patrimônio brasileiro contra a suposta entrega de riquezas nacionais para empresas e governos estrangeiros promovida pelos seus antecessores.
Mas, as ações do governo anterior e do atual simplesmente não mostram qualquer coerência com essa posição. Além de entregar descaradamente partes importantes de nosso patrimônio histórico ao Paraguai (e abrir as pernas na questão de Itaipu) sem pedir absolutamente nenhuma contrapartida, os dois governos do PT entregam recursos preciosos, a fundo perdido, a governos estrangeiros que não possuem nenhuma afinidade conosco e jamais moveram “uma palha” para nos ajudar em nossos momentos mais difíceis.
Assim, passamos a bancar e sustentar os governos da Bolívia, da Argentina, da Venezuela e de Cuba, além de outras republiquetas e até um grupo terrorista que vive de sequestros e do narcotráfico. Isso apenas porque os “cumpanheiros” decidiram que era bom “para a causa bolivariana”.
Desta forma, enquanto nossa infraestrutura cai aos pedaços, nossos hospitais se convertem em centros de genocídio, escolas são máquinas de emburrecer e nossas forças armadas perdem quadros altamente qualificados graças a uma política de remuneração ridícula e ao desaparelhamento criminoso; os bolivarianos enriquecem (os políticos, porque os países vão de mal a pior) e se mantém no poder distribuindo ao seu povo benesses bancadas com nossos suados e aviltantes impostos.
Como se isso já não fosse suficientemente ruim, agora o Ministério da Integração Nacional — através da Codevasf — contrata por uma verdadeira fortuna (mais de 3,8 milhões de dólares) a tropa de engenheiros do Exército Americano para trabalhar na recuperação do Rio São Francisco e na ampliação de sua hidrovia. 
Tudo muito bom, tudo muito bem. Mas, porque contratar uma unidade militar estrangeira para fazer um trabalho para o qual nossa própria unidade de engenharia militar e os institutos militares de tecnologia (todos altamente respeitados e qualificados internacionalmente) são plenamente aptos para tal?
A resposta talvez esteja na recente atuação do corpo de engenheiros do nosso Exército nas obras de transposição do São Francisco. Enquanto as empreiteiras contratadas pelos petistas exigiram vários adicionais aos contratos, torraram milhões e milhões de reais, pagaram uma grana preta em propinas e não concluíram as obras mesmo após várias prorrogações de prazo; o Exército Brasileiro concluiu TODAS as obras a seu encargo (em trechos mais complexos e de difícil execução) em tempo recorde e com sobra orçamentária.
Desta forma, me parece que a contratação de uma tropa estrangeira, mesmo sob o grave risco deles mapearem todas as riquezas minerais contidas no solo da região e levar para os EUA detalhes importantes e estratégicos de nossas jazidas minerais, é plenamente justificada em face da necessidade de desviar-se grande quantidade de verbas para financiar os “cumpanheiros” e o partido depois da derrocada da Delta e do Cachoeira.
Por mais terrível que possa parecer, essa é a única justificativa plausível para se violar a Constituição Federal e contratar uma tropa estrangeira para atuar em nosso solo — sem qualquer supervisão ou monitoramento por parte de nossas forças armadas e sem uma autorização prévia do Congresso Nacional e da Presidência — e alijar do processo nossos próprios técnicos que já foram testados e aprovados no Haiti e aqui mesmo.
Por fim, como desviar uma “graninha” se o Exército costuma fazer obras melhores e gastar menos do que o orçamento proposto pelos “técnicos” petistas e das empreiteiras? Tudo fica muito mais simples se você contrata — a peso de ouro — estrangeiros que nada sabem sobre nossas práticas, desconhecem completamente a região que operarão e, ainda por cima, podem ser enganados pelos “meandros contábeis dos artistas nacionalistas”, indicados pelos partidos aliados e pela própria cúpula petista, que hoje habitam os ministérios, as estatais e as autarquias federais.
Nada como gritar a plenos pulmões: “O Brasil para os brasileiros”!
Mesmo que esses brasileiros sejam apenas alguns poucos eleitos.

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