sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Exército Argentino Rende Homenagem a 'Mártires' do Exército Montonero

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por Jorge Fernández Zicavo
Ver para crer. Ainda que pareça mentira, anos depois que o general Bendini retirou do Colégio Militar da Nação os retratos de seus ex diretores, generais Videla e Bignone; e de que esse Colégio eliminasse de sua página web a lista dos 127 chefes, oficiais, suboficiais e soldados assassinados em atentados e/ou mortos em combate durante a guerra revolucionaria desatada pelo terrorismo marxista na década de setenta; o atual comandante em chefe do Exercito Argentino, tenente general Luis Alberto Pozzi, e o chefe de Educação e Doutrina, general de brigada Fabián Brown, conseguiram ir mais longe na tarefa troyana de destruir a historia e a moral de sua Força. Decidido a não perder os favores que a marechala Cristina lhe concede com sua mão esquerda, o amnésico comandante em chefe homenageou militarmente com sua mão direita a terroristas aniquilados pelas forças do Estado durante a guerra contrarrevolucionaria decretada por um governo constitucional.
Esta apología ao terrorismo marxista ocorreu no passado 15 de setembro no patio do colegio Dámaso Centeno da cidade de Buenos Aires - um centro de ensino primário e secundário de caráter civil porém fundado e gerido pelo Exército - durante uma cerimonia na qual se instalou uma placa de bronze em memoria de dois ex alunos e terroristas montoneros 'desaparecidos' em 1975 e 1977 pelo 'terrorismo de Estado'. A homenagem também se estendeu a outros seis alunos e ex milicianos da montonera União de Estudantes Secundários, que já tinham ali sua placa desde 2006.
Uma delas está dedicada à militante do Exército Montonero Patricia Palazuelos, que em 29 Abr 1976 entregou cargas incendiarias ao montonero e Cabo da Força Aérea, Osvaldo Antonio Lopez, para que as colocasse em seis caça-bombardeiros Mirage da VIII Brigada. A sabotagem foi descoberta a tempo, e em 1978 Lopez foi capturado e condenado a 24 anos de prisão, ainda que em 20 Nov 1987, a Câmara Federal de San Martin o colocou em liberdade.
Em 5 de abril de 1977, Patricia, aproveitando ser filha do Brigadeiro Néstor Palazuelos, logrou introduzir e explodir uma potente bomba de Trotyl na sala que seu pai ocupava no edifício Condor, sede do Estado Maior General da Força Aérea. O edifício sofreu importantes danos, porém milagrosamente não houve mortos nem feridos. Em outubro, a terrorista foi capturada e executada.
Este é o padrão dos 'ex alunos' milicianos e oficiais montoneros homenageados pelo comandante em chefe do Exército Argentino. Só faltou levarem uma guarda de honra para disparar salvas.
Ainda mais, se recordou os estudantes-milicianos da Coluna Sul do Exército Montonero executados durante a chamada 'Noite dos lápis', cujo 35º aniversario se cumpriria no día seguinte. Desnecessário dizer, que no Colégio Dámaso Centeno não há placas de bronze recordando seus ex alunos assassinados pelas esquerdas terroristas.
E como se isto não fosse suficiente, Exército e Governo acresceram outras duas infâmias:
1 - No dia anterior foram retiradas do colégio as placas que recordavam os militares mortos em combate e/ou assassinados durante a guerra revolucionaria, que estavam em salas dedicadas ao coronel (PM) Argentino Del Valle Larrabure sequestrado e torturado durante 372 dias e finalmente estrangulado; ao coronel (PM) Raúl Duarte Ardoy morto em combate durante a recuperação do Comando de Saúde; e ao Tenente-Coronel (PM) Horacio Fernández Cutiellos morto em combate durante o ataque ao Regimento de Infantaria Mecanizado de La Tablada.
2 - O Vice-ministro de Defesa, Alfredo Forti, encerrou o ato anunciando que "serão revisados todos os programas de estudos das Escolas Militares, especialmente os de Historia e Direitos Humanos, e que serão as Madres de Plaza de Mayo e os Organismos de Direitos Humanos que estarão encarregados da revisão dos conteúdos".
Quer dizer, que as mães de terroristas, e as ONG's de DDHH fundadas por criminosos de lesa humanidade, se converterão em 'comissários políticos' das FFAA para doutrinar os futuros oficiais com uma história argentina dos 70' escrita por mercenarios de Castro, Chávez e da presidenta Cristina Fernández de Kirchner, uma ex militante da Juventude Universitária Peronista, milicia universitária do Exército Montonero. (1)
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(1) Em julho de 2011, durante a campanha para as eleições primarias, Wikipedia eliminou o dado de que na Faculdade de Direito de La Plata, Cristina Fernández militou na 'Frente de Agrupações Eva Perón' das Forças Armadas Revolucionarias fundadas em Havana em 1967. Em 12 de outubro de 1973 as FAR se fundiram com os Montoneros, por isso seus militantes universitários se enquadraram na Juventude Universitária Peronista. Outra curiosa 'coincidência' é a de que Wikipedia omite o atentado dos Montoneros no edifício Condor, citando só um atentado anterior, cometido pelo ERP em 30 Dez 1975.
Fonte: tradução livre de Termidorianos
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