quarta-feira, 25 de maio de 2011

O Silêncio dos Milicos

por Marcos Pontes
Uma das funções constitucionais das Forças Armadas é garantir a segurança nacional de inimigos externos; outra é fiscalizar o cumprimento das leis federais sendo, logicamente, a maior delas a própria Constituição.
Em relação à primeira, fica a desconfiança de que as FF.AA. não estão cumprindo seu papel. As fronteiras estão abertas e os militares de braços cruzados esperando ordens do ministro, conivente com a invasão da Amazônia por ONG e organizações internacionais pseudo-científicas e falsos religiosos.
Afirmações desse tipo poderiam ser tomadas como paranóia ou teoria conspirativa, tais afirmações, porém, são ratificadas pelas muitas evidências e provas cabais de tráfico de espécimes da fauna e flora para estudos no exterior, tráfico de riquezas minerais, cooptação ideológica de povos indígenas, mineração ilegal, contrabando de entrada de drogas e armas e de saída de carros roubados, ouro, diamante e mogno, apenas para citar alguns crimes corriqueiros e ignorados pelas autoridades.
Inadmissível que o Exército, para ter acesso a áreas indígenas tenha que ter autorização da FUNAI, caracterizando a divisão do país em dois Brasis, um físico e outro das instituições civis que tutelam índios e invasores, como se fossem cidadãos privilegiados em direitos, colocando sob as asas corruptas do governo federal os intocáveis das nações dentro da nação.
Manter a integridade do território nacional é uma das atribuições das Forças Armadas, mas apenas nas letras pequenas da lei. Quando essa missão depende do humor de um ministério burocratizado e inoperante comandado por um ministro prepotente e, ao que tudo indica, inepto para as funções executivas, além de comprometido com esse politicismo correto, as mãos dos militares ficam algemadas e suas funções legais truncadas.
No campo interno, a Constituição vem sendo estuprada quase diariamente há oito anos e meio e os generais mantém-se amordaçados, seja por medo, seja por cumplicidade. O último bastião de moralidade com que poderíamos contar está mudo e acuado nos quartéis desaparelhados. Aliás, desaparelhados e sucateados propositadamente por um governo formado por inimigos históricos das Forças Armadas.
Dia desses um general reformado me desabafou: “o mal do Exército é que é legalista demais”. Assim, fora do contexto, tal afirmativa reflete um golpismo velado por considerar que a legalidade pode, em alguma circunstância, ser excessiva. Mas, entendendo-se o ponto de vista desse general, que pediu a reforma por não conseguir ser comandado por um civil despreparado e ex-terroristas revanchistas, com o qual concordo, esse legalismo refere-se à determinação de que o militar só deve agir sob as ordens do comandante geral, o civil de esquerda, sem qualquer vínculo anterior com a caserna. Exigir dele decisão ou descumprir ordens estapafúrdias é insubordinação grave punível pelo Código Disciplinar Militar.
Enquanto o governo e seus miquinhos amestrados rasgam a Carta Magna, Jobim convive com os desmandos e os generais, brigadeiros e almirantes se acovardam atrás de suas estrelas com medo de serem apedrejados pelo esquerdismo que se alastra mais que burrice em acampamento do MST.
No meio desta selva, sem cão e sem espingarda, perdidos, vemos a parada passar em surdina, sem ver qualquer vontade civil ou militar de se colocar a tropa em ordem unida e o país em ordem constitucional, tudo em nome de um progresso de mentirinha.
Marcos Pontes

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