segunda-feira, 25 de abril de 2011

Governo Nomeia Outro Sem Notório Saber Jurídico Nem Reputação Ilibada — É a Ditadura do PT


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Transcrito do Blog do Ricardo Noblat
O governo nomeia para o STJ Antônio Ferreira, advogado sem currículo — mas ligado ao PT
Diego Escosteguy e Murilo Ramos
ÉPOCA
O advogado Antônio Carlos Ferreira formou-se numa faculdade que nem sequer consta da lista das 87 recomendadas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Não fez mestrado. Em 30 anos de carreira, nunca publicou um artigo jurídico. Só teve um grande cliente: a Caixa Econômica Federal, onde entrou há mais de 25 anos.
Nas poucas e magras linhas de seu currículo oficial, porém, não há menção ao dado mais relevante de sua trajetória: desde 1989, ele é filiado ao Sindicato dos Bancários de São Paulo, entidade alinhada com o Partido dos Trabalhadores.
Militante informal do partido, Antônio Carlos fez carreira na Caixa com a ajuda dos companheiros. Em 2000, a pedido do atual tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, tornou-se chefe do setor jurídico do banco no Estado de São Paulo. Quando Lula assumiu a Presidência, três anos depois, o PT emplacou Antônio Carlos no comando da Diretoria Jurídica da Caixa — uma posição para lá de poderosa, da qual dependem todos os grandes negócios do banco.
Antônio Carlos, um companheiro discreto e disciplinado, nunca criou problemas para o partido. Deu aval a contratos tidos como ilícitos pelo Ministério Público Federal, como no caso da multinacional de loterias Gtech, e testemunhou silenciosamente ações ilegais, como a quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo.
No caso da Gtech, acusada pelo MP de pagar propina ao PT para renovar por R$ 650 milhões um contrato com a Caixa, Antônio Carlos e sua equipe mudaram o entendimento jurídico sobre o assunto — o que permitiu a renovação exatamente nos termos pedidos pela multinacional, ainda no começo do governo Lula.
Anos depois, em 2006, ele jantava com o então presidente da Caixa, Jorge Mattoso, quando um assessor do banco entregou a Mattoso um envelope com os extratos bancários do caseiro que denunciara malfeitorias do ministro Antonio Palocci.
O misterioso perdão milionário concedido pela Caixa ao grupo Bozano e ao Banco Santander, revelado por ÉPOCA na semana passada, também passou, sem nenhum questionamento, pelo crivo da turma de Antônio Carlos. (Por meio de sua assessoria, ele negou participação nos casos que passaram por sua área e disse não ter visto o conteúdo do envelope com os extratos bancários do caseiro.)
Antônio Carlos permaneceu na diretoria da Caixa até agosto do ano passado. Na última terça-feira, a presidente Dilma Rousseff o nomeou para uma vaga no Superior Tribunal de Justiça, o STJ, a segunda corte mais importante do país.
Para ocupar esse cargo, a Constituição exige que o candidato detenha “notório saber jurídico” e “reputação ilibada. Caberá agora ao Senado sabatiná-lo.
A reputação foi colocada em xeque por sua atuação na Caixa. Com relação ao notório saber jurídico, é difícil encontrar lentes para enxergar esse atributo em Antônio Carlos — a não ser lentes vermelhas, partidariamente embaçadas.
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COMENTO:  o senado vai sabatinar o candidato! O que será que vai acontecer? Teremos questionamentos sobre a atuação profissional do candidato? Veremos alguma questão verificando seus conhecimentos? Alguma pergunta indiscreta sobre ligações politico-partidárias em seu passado? Ou veremos o mesmo espetáculo de rasgação de sedas, elogios e salamaleques já visto por ocasião da aprovação do jovem, reprovado em concursos para juiz, mas elevado ao STF pelo maior mentiroso "nuncantisvistoneçepaíz", ou também visto por ocasião da aclamação do outro que, dias após ter assumido o cargo se declarou favorável a que se invada os lares em geral para apreender armas que possivelmente lá existam. Com uma justiça desse calibre, não podemos esperar nada melhor que as decisões sobre a entrega do norte do Brasil (Raposa-Serra do Sol) às ONG internacionais, o abate da 'ficha-limpa' no início do voo, a prescrição do processo do 'mensalão' sem seu julgamento, e por aí vai. Legislativo não há, Justiça não temos mais. E o período em que o país foi dirigido por militares é que era uma Dita-dura!!!!!
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