quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O Silêncio das Forças Armadas

por Maria Joseita Silva Brilhante Ustra
 “Em uma guerra, a primeira vítima é a verdade”, 
(Hiram Johnson - Senador americano - 1917)
Nosso site tem recebido muitos e-mails de civis de todos segmentos da sociedade, de soldados a altas patentes das Forças Armadas, queixando-se da falta de informações sobre  a Contra-Revolução de 1964 e o Regime Militar.
Confirmando a falta de informações a respeito do período, em uma troca de idéias sobre os chamados "anos de chumbo",  foi dito por um general, na presença de mais dois generais, dois coronéis e três civis, um deles, eu, que:
- Nós, militares, não eu, não discutimos o assunto por desconhecimento e vergonha desse período! (Textualmente)
Creio que não são muitos, mas, esses, certamente, terão vergonha, por desconhecerem a história e, consequentemente, não terem condições de discutir o assunto. Provavelmente, não viveram essa época e nas escolas que frequentaram devem ter estudado em livros, onde a história já vinha sendo reescrita, com a versão da esquerda. Viram nas TV noticiários,  mini-séries, novelas e filmes onde os subversivos e os terroristas das décadas de 60 e 70 são mostrados como heróis desarmados que foram torturados, trucidados e abusados sexualmente pelos truculentos gorilas das Forças Armadas. Eram "pobres estudantes que lutavam pela liberdade e pela democracia". Leram reportagens tendenciosas em jornais e revistas  de grande circulação. Têm que ter vergonha, realmente, falta-lhes conhecimento do que, realmente, se passou naquele período.
As Forças Armadas ganharam a batalha das armas, mas não enfrentaram a guerra das comunicações!...
Perderam a guerra. Não rebateram as críticas... Não  mostraram  aos milhares de jovens que passaram por suas fileiras, como soldados, como sargentos, como cadetes, ou como alunos dos Colégios Miliares a verdadeira história da Contra-Revolução de 1964 e o desenvolvimento que o regime militar trouxe ao Brasil.
Os militantes das organizações subversivo-terroristas valendo-se do fato de que as três últimas gerações não foram testemunhas oculares dos fatos ocorridos durante os governos militares, estão agora no poder e com o dinheiro de nossos impostos pretendem continuar a cooptar os jovens
Os militares e a sociedade deixaram que um grupo de militantes de organizações subversivo-terroristas que, finalmente, depois de três tentativas de tomada do poder  pelas armas,  na quarta tentativa,  ao assumirem o poder pelo voto popular,  reescrevessem  a história, valendo-se do fato de que as três últimas gerações não foram informadas do que se passou  durante os governos militares. Assim. esses estudantes tendem a crer nas inverdades que o governo com o dinheiro de nossos impostos divulga permanentemente. 
Agora, vão lançar essa nova arma na doutrinação dos jovens do 2º grau.  Esse CD–ROM é inadmissível, pois seu conteúdo conspira contra a democracia. É o controle do Estado sobre a opinião pública
É inadmissível que o maior crime praticado, clandestinamente, antes e durante o regime militar - o recrutamento de nossos jovens - continue a ser praticado agora, às claras e  com a conivência da sociedade.
Será que as Forças Armadas, enquanto instituições nacionais permanentes, têm o direito, de calar-se ante tamanha ignomínia praticada contra a Nação?  Será que não percebem que esse CD-ROM é mais uma peça de propaganda na guerra psicológica contra as Forças Armadas?
Nós, que vivemos essa época, que vimos jovens serem cooptados para a luta armada, que vimos  nossos amigos morrerem emboscados, que vimos  soldados jovens que serviam à Pátria  e civis inocentes serem  assassinados, não podemos aceitar esse silêncio das nossas Forças Armadas  ante tamanha ignomia praticada contra a Nação.
Leia o texto completo em:  A Verdade Sufocada
COMENTO: certamente a "vergonha desse período" a que o militar se referiu seja a vergonha que ele pode sentir por ter se mantido alheio à luta que outros militares desenvolveram para manter a liberdade "neçepaíz" talvez por ser ele de geração profissional posterior aos anos da década de 60. Ou talvez se envergonhe de não ter, pelo menos, tentado transmitir conhecimentos aos subordinados que por ele passaram em sua juventude, contribuindo, assim, para esse 'desconhecimento'. Por outro lado, a qualquer um minimamente interessado, estão acessíveis, graças à internet, informações relevantes a respeito dos objetivos que guiavam a luta "contra a ditadura".  O livro A Verdade Sufocada (já em sua 6ª edição), apesar do boicote das grandes livrarias sabe-se lá por quais motivos, é uma rica fonte de pesquisa - sugestão de presente para quem quer realmente passar algo de bom a um amigo ou parente.  O próprio "Projeto ORVIL" de acesso gratuito é outra fonte de conhecimento. Assim, qualquer professor de ciências sociais que queira efetivamente bem orientar seus alunos não pode queixar-se de falta de fontes que contem "o outro lado da História".
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