terça-feira, 31 de agosto de 2010

A Ditadura Dilma

por Guilherme Fiuza
A opinião pública brasileira chegou a um estado inédito de letargia. Do alto de seus quase 80% de aprovação, Lula pode dizer qualquer coisa. O bom entendedor está arrepiado.
Em sua excitação de Midas eleitoral, com a candidata fantasma disparando nas pesquisas, o presidente fala pelos cotovelos – e seus cotovelos andam dizendo barbaridades.
A mais grave delas, para variar, passou despercebida. Reclamando do Senado Federal, que lhe foi menos servil do que ele desejava, Lula anunciou:
Penso em criar um organismo muito forte, juntando todas essas forças que nos apoiam, para que nunca mais a gente possa permitir que um presidente sofra o que eu sofri”.
A declaração feita num palanque em Recife, onde o presidente tornou-se uma espécie de semideus, é um escândalo. Ou melhor: seria um escândalo, se o Brasil não vivesse nesse atual estado de democracia anestesiada.
Lula está anunciando um “organismo” político para neutralizar o Congresso Nacional. É o presidente da República, de viva voz, avisando que as regras da democracia não servem mais. Quer usar a ligação direta com as massas para enquadrar o Senado. O mais famoso autor de uma ideia desse tipo foi o führer Adolf Hitler.
Se o Brasil não estivesse imerso no sono populista, Lula teria que ser convocado imediatamente ao Congresso para explicar que “organismo” é esse.
As cartas estão na mesa, e são claras. Todas as tentações autoritárias da esquerda S.A. estão fervilhando com a disparada de Dilma, a candidata de proveta, na corrida presidencial. Chegou a hora de submeter o Congresso, a imprensa e as leis à República dos companheiros.
Luiz Inácio falou, Luiz Inácio avisou: está sendo urdida uma força para-estatal para dar poderes especiais ao governo Dilma.
A vitória no primeiro turno seria o passo inicial do arrastão. Depois viria a Constituinte petista, com a enxurrada de “controles sociais” e “correções democráticas” que o país já viu sair das conferências xiitas bancadas por Lula.
Brasil, divirta-se com a brincadeira de votar na mamãe. Depois comporte-se, porque o organismo vem aí.
Fonte: Blog do Guilherme Fiuza
COMENTO: é como já dizia o Boris Casoy: "tá tudo dominado!" E qual seriam "todas essas forças que nos apoiam"? O MST invasor e destruidor de propriedades produtivas, a UNE cuja honra foi comprada pelas verbas públicas, as centrais sindicais com sua combatividade alavancada pela parcela expropriada do imposto sindical reforçado, o "lumpen-proletariado" dependente das bolsas-miséria que não lhe dão escapatória do jugo da dependência governamental, a "grande imprensa", também dependente da "bolsa-propaganda" da qual já não pode se libertar, ... Enquanto isso, nossas moderníssimas e confiabilíssimas urnas eletrônicas que nenhum país avançado do mundo aprovou já estão prontas para o "um meu, um teu e um meu, um meu, um teu e um meu...". Nas próximas eleições já estarão aptas para, por meio da identificação eletrônica do eleitor, apontar todo aquele "dissidente" que se recusar a votar na lista de candidatos do partido único. Tudo conforme as regras democráticas já testadas e aprovadas nas maiores potencias democráticas do mundo: China, Coréia do Norte, Cuba, Líbia, Irã ......
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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Vista Calças

Pelas estatísticas de rendimento escolar e de criminalidade, o Brasil já é o país mais burro e assassino do mundo. Terá se tornado também o mais covarde?
 por Olavo de Carvalho
A quota de mendacidade dos nossos governantes já ultrapassou os limites do que seria tolerável num mitômano doente sem esperança de cura. E a quota de servilismo com que as lideranças empresariais, jornalísticas, militares e eclesiásticas deste país aceitam como normal e respeitável essa conduta obscena já ultrapassou o nível do que se poderia admitir num escravo amarrado e chicoteado, que o feitor, por mero sadismo, obrigasse a concordar que as vacas botam ovos e as galinhas dão leite.
A desenvoltura cínica de uns e a pusilanimidade de outros formam um quadro de abjeção moral imotivada, gratuita, voluntária, deleitosa, lúbrica, como nunca se viu no mundo. Os primeiros sabem que são trapaceiros, mas se orgulham disso. Os segundos sabem que cedem por puro medo, mas, disfarçando mal e porcamente o temor, juram que desfrutam de total liberdade num ambiente de segurança jurídica exemplar.
A ordem democrática, neste País, consiste na igualitária distribuição da perversidade. Liberdade, igualdade, fraternidade e sem-vergonhice.
O pior é que nada, nada obriga esses indivíduos a serem assim.
Uns têm todo o poder, não precisam se comportar como baratas se escondendo pelos cantos, fugindo da luz como da peste. Os outros não sofrem perseguição que justifique tanto acovardamento, apenas cedem antecipadamente ante riscos imaginários, numa apoteose de pusilanimidade. Do lado do governo, os recentes progressos da cara de pau são inconcebíveis.
Depois de o sr. presidente ter expressado seu "repúdio" à crueldade das FARC, sugerindo como castigo aquilo que até uma criança de cinco anos percebe ser o melhor dos prêmios; depois de o sr. Michel Temer ter assegurado que o ilustre mandatário nunca fez isso, mas que o fez com a melhor das intenções (entenda quem puder), ainda vem esse aspirante a Tiririca, o sr. Valter Pomar, querer impingir-nos, com a cara mais bisonha do universo, a mentirinha pueril de que as FARC nunca participaram do Foro de São Paulo.
Quer dizer então, ó figura, que o Raul Reyes mentiu ao dizer que presidira a uma assembléia do Foro ao lado de Lula? Quer dizer que o Hugo Chávez estava delirando ao dizer que conhecera Raul Reyes e Lula numa reunião do Foro? Quer dizer que o expediente da revista America Libre é todo falsificado?
Quer dizer que as Atas do Foro foram inventadas por mim, que ainda tive o requinte de escrevê-las em espanhol? Ora, vá lamber sabão.
Quando chamo esse cavalheiro de aspirante a Tiririca, não faço isso por pura piada. Na escala dos níveis de consciência, o sr. Pomar está muito abaixo da abestada criatura.
Tiririca tem autoconhecimento: sabe que é um palhaço. O sr. Pomar necessitaria de muitas vidas, se as houvesse, para elevar-se a tão iluminada compreensão de si.
Mas o que me espanta não é que esses sujeitos se lambuzem na sua porcaria mental ao ponto de se tornar impossível, em certos momentos, distingui-los de um rato emergido do esgoto.
O que me espanta é o ar de veneração, o temor reverencial com que a opinião pública os escuta, mesmo e principalmente quando sabe que mentem como meninos pegos em flagrante travessura.
Só ante o cano de uma metralhadora tem o homem o direito de acovardar-se a esse ponto, aviltando-se ainda mais do que aqueles que o aviltam. Mas cadê as metralhadoras? A única arma de que a casta governante dispõe para intimidar a nação, no momento, são caretas de despeito 
 aquele blefe moral, aquela fingida ostentação de superioridade que é a marca inconfundível dos fracos presunçosos. Como é possível que um povo inteiro se deixe assustar por isso, chegando à degradação suprema de fingir apreço a condutas que obviamente só merecem desprezo?
Pelas estatísticas de rendimento escolar e de criminalidade, o Brasil já é o país mais burro e mais assassino do mundo. Terá se tornado também o mais covarde? O mais sicofanta? O mais subserviente?
Meu falecido sogro, Fábio de Andrade, apresentou-se como voluntário na Revolução de 1932, aos quinze anos de idade, porque sentiu vergonha ao ler, por acaso, a mensagem enviada pelo comando revolucionário aos homens adultos que recusassem alistar-se: "Vista saias."
Mas os tempos mudaram. Essa mensagem não é mais apropriada aos dias que correm. É preciso substituí-la por: "Vista calças."
Muitos tremem ante a perspectiva dessa experiência inédita.

domingo, 29 de agosto de 2010

Zero Hora e os "Privilégios"

No Editorial de 23/08/2010, Zero Hora aborda o tema “Privilégios”, colocando no mesmo patamar, os que existem no Poder Judiciário e, segundo a opinião do jornal, os da classe militar que desfruta a possibilidade de matricular seus filhos em vagas reservadas nos diferentes Colégios Militares existentes no país.
Não conseguiu, contudo, o editorialista esconder sua verdadeira intenção: usando a linguagem do “politicamente correto” e uma forma preconceituosa e superficial de abordagem de complexo tema, atingir o segmento militar, comparando “alhos com bugalhos”.
Erige-se, assim, a editoria do jornal do Grupo RBS em paradigma da moralidade e centro da virtude, apontando à Sociedade Gaúcha um pretenso privilégio. Sobre os primeiros — os de uma categoria realmente privilegiada, basta ver os vencimentos iniciais de juízes, promotores, procuradores em início de carreira que superam, quase em dobro, os de Generais, Almirantes e Brigadeiros, do último posto de longa carreira, todos com quase cinquenta anos de serviço — nem uma linha de reprovação.
Aliás, seria uma surpresa para as hostes castrenses, ler e ouvir dos referidos senhores elogios à sua atuação, principalmente a dos modelares educandários que, desde o Império até hoje, anualmente entregam ao país cidadãos física, moral e intelectualmente preparados (filhos de militares e de civis), mercê dos esforços, da abnegação e da disciplina de sua gente e da atuação eficiente e exemplar de seu Sistema de Ensino que privilegia, em todas as etapas, o mérito.
Convém relembrar ao editorialista que a criação do primeiro Colégio Militar (o do Rio de Janeiro) ocorreu para abrigar órfãos de militares mortos durante a Guerra do Paraguai em virtude da insensibilidade dos governos de então, sempre parcimoniosos, como os de todas as épocas, com relação aos pleitos e as necessidades da classe militar.
A criação dos demais Colégios foi uma forma exitosa e inteligente de superar os inúmeros inconvenientes provocados pelas sucessivas transferências de oficiais e graduados ao longo de suas carreiras.
Por último e não menos importante, convém registrar que todos os integrantes dos Corpos diretivos, docentes, auxiliares de ensino, monitores, pertencem aos quadros do Exército (oficiais e graduados) e as despesas com sua manutenção oriundas do reduzido orçamento anual de verbas, historicamente alocadas ao Exército Brasileiro.
Prevalecendo a sugestão exposta no mencionado editorial — impedir a matrícula de filhos de militares transferidos (e somente estes) — não restará ao Exército Brasileiro, senão fechar as portas desses importantes Estabelecimentos de Ensino. Não haveria razão para o Exército continuar a dispender esforços e recursos em uma atividade (ensino) cuja responsabilidade, por lei, pertence ao Ministério da Educação. A adoção dessa medida será, com certeza, uma forma de piorar, ainda mais, o lastimável estado do ensino público do país.
Fonte: recebido por correio eletrônico
COMENTO: deixo de citar a autoria do texto por que não me foi informada. Não há como discordar do seu autor. Sua conclusão é óbvia. Negada a precedência aos militares nos Colégios Militares, não há motivo algum para que o Exército Brasileiro utilize seus já parcos recursos orçamentários em uma atividade afeta aos ministério e secretarias estaduais e municipais de educação. Certamente, tal medida agradaria a todos os incompetentes que jogaram o ensino público na lata do lixo e não suportam ver os Colégios Militares fugindo a essa regra e destacando-se como centros de excelência no ensino.
Por outro lado, fica o alerta aos companheiros da caserna: não caiam na asneira de comentar que os hospitais, policlínicas e postos médicos das guarnições militares estão atendendo corretamente pois logo pode aparecer um palhaço qualquer 'procurando' um jeito de terminar, também, com mais esse privilégio.

sábado, 28 de agosto de 2010

Eis a Realidade do Povo Brasileiro

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É o caso de Maria dos Anjos Pires da Silva, 58 anos de idade, que mora no Jardim Vera Cruz em São Paulo, sai de casa para trabalhar às 4h20 da manhã.
Maria dos Anjos toma três ônibus para chegar ao seu local de trabalho. Sua renda familiar mensal é de R$1.500,00. As 4h30 da manhã toma o primeiro ônibus lotado. Toma mais dois ônibus, também lotados e chega ao seu local de trabalho às 7h00 da manhã. Entre sair de casa e chegar ao seu local de trabalho levou aproximadamente duas horas e meia.
Maria dos Anjos trabalha até às 13h00, ou seja 6 horas por dia. A tarde leva quatro horas para finalmente chegar de volta em casa. São sete hora no trânsito para trabalhar 6 horas.
Eis um resumo:
04h36 - Maria dos Anjos pega o primeiro ônibus perto de sua casa
04h58 - Maria dos Anjos enfrenta fila no terminal Jardim Ângela para pegar o segundo ônibus
05h20 - Viaja durante 50 minutos em pé, num ônibus lotado
06:05 - Espera o terceiro ônibus que passa lotado e só consegue tomar o próximo
06h37 - Maria dos Anjos desce do último ônibus e caminha 20 minutos até o seu local de trabalho
O retorno é um sacrifício pior ainda.
Este é o problema enfrentado por 75 milhões de brasileiros que vivem nos grandes centros. O governo não dá a mínima importância para isto. O povo é transportado pior do que gado para o abatedouro.
Por outro lado o governo lulo petista, através do PAC, planeja investir 40 bilhões de reais num trem bala ligando o Rio de Janeiro a Campinas, para atender a uma ínfima fração de cidadãos brasileiros.
Com este dinheiro seria possível:
1. Construir 3.500 km de ferrovias, (distância suficiente para ligar Florianópolis a São Luiz) que aplicado nos grandes centros facilitariam em muito a vida de milhões de brasileiros ou
2. Construir 3.400 km de corredores de ônibus - Um investimento destes desafogaria o transporte coletivo nos grandes centros, ou
3. Construir 60 km de metrô subterrâneo, dobrando a rede existente em São Paulo ou triplicando a do Rio de Janeiro.
Isto é somente uma das inúmeras provas de que o governo federal não aplica recursos do contribuinte em benefício do povo carente. Esta é a eficiência da candidata do governo, Dilma Rousseff.
Se você é favorável as forças que conduzem a vida e não a morte, não vote em Dilma
Se você está comprometido com o bem estar social do povo que sofre, não vote em Dilma.
Dilma representa a continuidade do descaso e do tratamento indigno da população.
Fonte: Brasil - Liberdade e Democracia
COMENTO: enquanto temos alguns jornalistas e blogueiros que assumem ser cidadãos responsáveis apontando os infindáveis disparates cometidos pelo "voççolíder", o candidato do PSDBosta fica alisando o Apedeuta e se fazendo de "Serrinha Paz e Amor", evitando críticas às merdas governamentais dos últimos sete anos. 
Vá fazer oposição assim na casa do cacête. Não é à toa que já há quem diga em tom de brincadeira que a aspiração de Serra é ser ministro da saúde em um futuro governo da herdeira dos dólares daquele outro que "roubava mas fazia". Não me canso de repetir que PT e PSDB são dois ramos da mesma árvore maléfica que restou do antigo sonho comunista. Esses retardados ainda alimentam a esperança de transformar "eçepaíz" numa grande Cuba, realizando aqui a tal 'revolução' sonhada por Marx, Lenin e Stálin e repetindo o pesadelo sofrido pelos russos. Como foram surrados (muito pouco, não sendo o suficiente para demovê-los da ideia) nas três tentativas que fizeram pela força, agora tentam de novo "pela via do voto" comprando a população com as migalhas que sobram das negociatas que realizam com o dinheiro recolhido "da burguesia", via impostos. E o pior é que há empresários - que serão os primeiros a serem sacrificados após a instauração da 'ditadura do proletariado' - que acreditam que farão parte da 'nova nomenklatura'. Na Venezuela e na Argentina, esse tipo de otários já está pagando o preço de sua ambição.
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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

No País Das Bolsas

por Percival Puggina
Não nos restam mais do que vagos e deficientes indícios de democracia. Para identificá-los já se requer, inclusive, certa capacitação técnica. É necessário saber onde procurar. E é preciso usar, como fazem os peritos, os elementos de contraste que permitem discernir traços do que praticamente desapareceu.
Ninguém recusará que:
a) quanto maior a concentração de poder político, tanto menor a Democracia;
b) quanto maior a influência do poder econômico, tanto mais frágil a democracia;
c) quanto menor a credibilidade do parlamento, tanto menor o crédito na democracia;
d) quanto maior a influência do poder político sobre os meios de comunicação, tanto pior a qualidade da informação e menor a capacidade de análise sobre os fatos que influenciam a vida das pessoas. E, consequentemente, suas decisões eleitorais. Tudo isso e muito mais já ocorre no Brasil. Em proporções avassaladoras.
Claro, claro, temos eleições. Mas democracia não se confunde com a realização de eleições nem é algo totalmente assimilado por elas. Em Cuba há eleições. Na Venezuela há eleições. No Irã há eleições. E só os totalitários têm coragem de dizer que esses países são democráticos. No Brasil, a concentração de poderes nas mãos do Presidente da República só é menor do que a generosidade com que o Congresso Nacional os concede a ele. Como escrevi há poucos dias, o Presidente chefia o Estado, o governo, a administração pública federal e as estatais. Executa um orçamento que corresponde a 22% do PIB nacional. Legisla sobre o que quer, a seu bel prazer, através de medidas provisórias de aplicabilidade imediata. Libera ou não, ao seu gosto, recursos para os estados e municípios. O que são as obras do PAC senão uma espécie de Bolsa Estado, ou Bolsa Município, distribuídas assim, como donativo, para as mãos súplices dos gestores locais???
Essas práticas, cada vez mais frequentes, somam-se ao poder que o partido do governo exerce nos fundos de pensão, nos sindicatos, no FAT, nas principais corporações funcionais do país. E ainda tem o Bolsa Família. Ah, o Bolsa Família, que Lula oposicionista chamava de comprar voto do eleitor que "pensa com o estômago"! Lula presidente potencializou o programa e é brandindo a ameaça de que a oposição, se vencedora, vai acabar com ele, que sua candidata se prepara para colocar a faixa presidencial no peito. E não podemos esquecer o mais robusto e sedutor achado da cartola presidencial: o Bolsa Empresa. É, leitor, você leu certo: o Bolsa Empresa. Foi o Bolsa Empresa que trouxe o empresariado nacional como gatinho mimado para o colo do governo, lamber a mão e pedir cafuné. Afinal, os R$ 15 bilhões destinados ao Bolsa Família ficam constrangidos de sua indigência diante dos fabulosos financiamentos concedidos pelo BNDES às empresas brasileiras. Nos últimos dois anos, foram R$ 180 bilhões emprestados pelo governo ao Banco. O governo tomou esse dinheiro no mercado a mais de 10% ao ano (elevando significativamente a dívida pública, ou seja, a nossa dívida) e emprestou às empresas por um juro que não paga a metade do custo de aquisição. Bolsa Família para os pobres e Louis Vuitton para os ricos.
Poucos, muito poucos empresários brasileiros, hoje, não ficam deslumbrados, embasbacados, cada vez que Lula e Dilma abrem a boca.
Ouvem-nos dizer — "Nós criamos 14 milhões de empregos!" — e batem palmas, mesmo sabendo que quem criou esses empregos foram eles mesmos, os empresários. Não percebem, interesseiros, cooptados como estão, que se a economia der alguns passos para trás e for necessário desempregar, o governo imediatamente vai lhes jogar nas costas a responsabilidade pelo desemprego. E a coisa fica assim: o governo cria o emprego e o empresariado cria o desemprego. É a lógica impostora que os tolos endossam.
Sim, leitor amigo, as eleições que se avizinham são mero acessório de algo que se exaure. Nenhuma democracia resiste a tamanha concentração de poder e a tanta cooptação.
* Percival Puggina é arquiteto, empresário,
escritor, titular do site Blog do Puggina
Fonte: Midia @ Mais
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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O Manual de Contra-Insurreição dos EUA

por Alvaro de Souza Pinheiro
Num fato inédito e extremamente significativo na história militar contemporânea norte-americana, os Comandos do Exército e do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA divulgaram, oficialmente, em 15 de dezembro de 2006, um novo Manual que estabelece a mais recente doutrina referente às operações militares em ambiente de contra-insurreição. O fato de que o FM 3-24 (US Army Field Manual) e o MCWP 3-33-5 (Marine Corps Warfighting Publication) constituem a mesma publicação - "COUNTERINSURGENCY" - é uma demonstração cabal de quão importante se faz, na atualidade, o estabelecimento de uma doutrina comum de contra-insurreição para os corpos de tropa responsáveis pela condução do combate terrestre contra forças irregulares.
O Manual pretende preencher um vazio doutrinário que há muito era vivenciado nas Forças Armadas norte-americanas. O último manual específico de contra-insurreição do Exército foi publicado há 20 anos, e no Corpo de Fuzileiros Navais, 25 anos. Esse sempre foi um tema visto com uma significativa conotação de desprezo pela grande maioria de profissionais norte-americanos, educados e profundamente bitolados no contexto do combate convencional, ficando o seu estudo, restrito a nichos específicos, sobretudo, às Forças Especiais.
A premissa básica de sua elaboração foi de que a atualização doutrinária, embora sem relegar estudos históricos, deveria contemplar, com especial relevância, as mais recentes experiências contemporâneas, colhidas nos Teatros de Operações do Afeganistão e do Iraque.
Sua elaboração foi desenvolvida no US Army Combined Arms Center, Fort Levenworth/Kansas, sob a liderança do LtGen David H. Petraeus que, na Operação Iraqi Freedom, comandou a conceituada 101st Airborne Division (Air Assault). Evidente que não é por mera coincidência que, concluída a elaboração deste Manual, o Gen Petraeus foi designado Comandante das Forças de Coalizão, no Iraque, função que desempenha desde de janeiro de 2007.
Considerações Gerais
A presente orientação doutrinária registra que tanto o Exército quanto o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA reconhecem que as insurreições, ao longo do tempo, são contextuais e assim, não raro, apresentam as suas características próprias. A idéia vigente é que não é possível enfrentar fundamentalistas radicais islâmicos da mesma forma como se conduziu o combate ao Viet Cong (Vietnam) ou aos Moros (Filipinas). A aplicação de princípios e fundamentos para combater cada um desses grupos diferencia-se consideravelmente, principalmente, em função da diversidade de ambientes operacionais em presença. Não obstante, todas as insurreições, mesmo aquelas, atuais, caracterizadas por matizes altamente adaptáveis, possuem algumas características comuns. Permanecem conflitos desenvolvidos em meio a populações civis não combatentes, com intensiva presença de forças irregulares, as quais, embora extremamente heterogêneas no que se refere às suas capacitações, utilizam-se de idéias-força padronizadas e, normalmente, conduzem suas ações num contexto reconhecidamente revolucionário, cujo grande objetivo é a queda do regime vigente e a tomada do poder com o emprego da subversão e da luta armada.
Todos esses aspectos são considerados levando-se em conta um fator complicador de grande complexidade na condução da Estratégia Militar Norte-americana, que é a execução das operações de contra-insurreição no território de "Host Nations" (nações aliadas que recebem dos EUA, meios em pessoal e material, com destaque para forças militares, para fazer face a insurreições).
O Manual pretende estabelecer diretrizes doutrinárias que se constituam no foco principal de uma Campanha de Contra-Insurreição. Campanha essa que, conforme a mais atual concepção, deve ser planejada e conduzida num contexto misto de ofensiva, defensiva e operações de estabilização, executadas em presença de diversificadas linhas operacionais. Forças engajadas em campanhas dessa natureza, além de dotadas de capacitações específicas de combate, devem estar em condições de reconstruir infra-estruturas básicas, restabelecer serviços públicos essenciais, bem como instituições governamentais confiáveis e forças de segurança locais capazes de manter a lei e a ordem. É no equilíbrio entre essas atividades militares, essencialmente operacionais, e cívico-sociais, aparentemente antagônicas, que se fundamentará o êxito da Campanha.
O Manual preconiza que a condução eficiente e eficaz de campanhas de contra-insurreição demanda unidades de combate, apoio ao combate e logísticas adestradas, flexíveis, adaptáveis a diferentes cenários e, sobretudo, lideradas por comandantes ágeis, culturalmente bem informados e astutos.
Há que se ter em mente que, muito embora, as mais recentes intervenções militares norte-americanas após o término da chamada Guerra Fria incluam campanhas de significativa conotação não-convencional como as do Panamá (1989), Somália (1992-93), Haiti (1994), Bósnia (1995), Kosovo (1999), Afeganistão (2001 até agora) e Iraque (2003 até agora), de uma maneira geral, as operações contra forças irregulares têm sido negligenciadas tanto na política de segurança nacional quanto na doutrina militar norte-americana, desde o final da Guerra do Vietnam, há mais de 30 anos atrás.
O Manual tem por finalidade, reverter tal tendência, constituindo-se num documento de orientação do planejamento e da execução de operações dessa natureza, especificamente, para os escalões Batalhão e superiores (Brigada, Divisão e Corpo de Exército).
Síntese da Estrutura e do Conteúdo
O Manual inicia no Capítulo 1 - "INSURGENCY AND COUNTERINSURGENCY" - uma profunda e muito bem fundamentada descrição dos fundamentos básicos que têm marcado a evolução das insurreições e suas conseqüências nos processos de contra-insurreições. Destaca que em função da indiscutível superioridade militar convencional norte-americana, seus potenciais inimigos estão desenvolvendo técnicas, táticas e procedimentos de guerra irregular, a fim de criar ambientes operacionais característicos de conflitos assimétricos, onde se mesclam tecnologia moderna com antigos procedimentos de insurreição e terrorismo. Ressalta que é um significativo erro estratégico tentar vencer esse tipo de ameaça pelos meios convencionais tradicionais que enfatizam a manobra e o poder de fogo maciço e concentrado. Enfatiza que a experiência real tem demonstrado que tal tipo de concepção, via de regra, resulta em insucesso. Após analisar aspectos muito peculiares da atualidade, como por exemplo, a cerrada ligação entre a insurreição, o terrorismo e o crime organizado em diferentes partes do mundo, o Capítulo 1 destaca uma série de princípios básicos indispensáveis na condução de operações de contra-insurreição, concluindo com uma objetiva abordagem sobre a diferenciação das práticas operacionais que têm se mostrado bem e mal sucedidas.
No Capítulo 2 - "UNITY OF EFFORT: INTEGRATING CIVILIAN AND MILITARY ACTIVITIES" - o Manual apresenta uma visão da indispensável participação de organizações não militares, governamentais ou não, nas campanhas de contra-insurreição, destacando técnicas e procedimentos que facilitem a indispensável integração entre as atividades civis e militares. Considerações específicas são feitas a fim de otimizar a divisão de responsabilidades, bem como o estabelecimento de mecanismos de integração civil militares, com destaque para o "Civil Military Operations Center" (CMOC), indispensáveis na consecução do esforço de contra-insurreição.
No Capítulo 3 - "INTELLIGENCE IN COUNTERINSURGENCY" - o Manual enfoca sequencialmente: as características específicas da atividade de inteligência na contra-insurreição; a indispensável preparação de inteligência a ser realizada no ambiente operacional antecedendo as operações; aspectos essenciais do planejamento e da execução de operações de inteligência, reconhecimento e vigilância; aspectos essenciais da contra-inteligência e do contra-reconhecimento, como medidas essenciais de proteção da força; e a colaboração de inteligência com outras agências, inclusive da nação hospedeira. Nesse Capítulo fica evidente a máxima que, na atualidade, numa campanha de contra-insurreição bem sucedida, é impositivo que "a Inteligência conduza as Operações".
No Capítulo 4 - "DESIGNING COUNTERINSURGENCY CAMPAIGNS AND OPERATIONS" - o Manual descreve com profundidade as questões essenciais a serem consideradas nas metodologias que envolvem as diversas fases do planejamento das campanhas de contra-insurreição. Aqui estão contidos subsídios extremamente atualizados para o desenvolvimento do "Trabalho de Comando", quando do planejamento dos escalões Batalhão e superiores.
No Capítulo 5 - "EXECUTING COUNTERINSURGENCY OPERATIONS" - o Manual enfatiza os fundamentos essenciais da condução das operações contra-insurreição, abordando sequencialmente: a natureza das operações; as linhas operacionais lógicas na contra-insurreição; e as considerações essenciais nas diferentes abordagens do modelo empregado. Enfatiza que as operações devem ser conduzidas levando-se em consideração a visão holística do ambiente operacional em presença e serem permanentemente focadas na "Intenção do Comandante" que, por sua vez, é orientada pela "Situação Final Desejada".
No Capítulo 6 - "DEVELOPING HOST-NATION SECURITY FORCES" - o Manual aborda o complexo e crítico problema do desenvolvimento de forças de segurança da nação hospedeira. Destaque especial é dado à discussão das mais significativas questões relativas aos desafios a serem vencidos, meios a serem empregados e a perfeita definição da situação final desejada. Especial atenção é dada ao preparo de forças policiais locais eficientes e eficazes, bem como o seu papel na campanha de contra-insurreição.
No Capítulo 7 - "LEADERSHIP AND ETHICS FOR COUNTERINSURGENCY" - o Manual aborda com significativa relevância as questões relacionadas à liderança e à ética na contra-insurreição. Com base em experiências muito recentemente vivenciadas, algumas delas extremamente negativas e traumáticas, os princípios básicos orientadores da liderança tanto nos escalões mais elevados quanto nos menores são significativamente ressaltados. Nesse contexto, considerações de caráter ético, sobretudo no relacionamento com a população e com o pessoal das diferentes instituições da nação hospedeira, são significativamente ressaltadas. Tópicos específicos abordam condutas a serem diferenciadas quando de ações de combate e de ações policiais de controle da população e recursos; procedimentos relativos à minimização de baixas na população civil não combatente, inclusive assumindo os riscos que tais procedimentos exigem; e considerações essenciais, de caráter eminentemente ético, a serem permanente e prioritariamente observadas quando do aprisionamento e interrogatório de elementos suspeitos. Dois tópicos desse Capítulo impressionam pela ênfase das considerações: "Limits on Detention" e "Limits on Interrogation". A preocupação com os valores éticos e morais envolvidos no contexto do dilema de como extrair informações de prisioneiros, que venham a contribuir para a minimização de baixas nas suas forças, é abordada com um realismo ímpar. Há que se destacar que em nenhuma outra publicação doutrinária norte-americana, problemas dessa natureza foram abordados com tanto realismo, adequação e pertinência. E fica evidente que o processo de ensinamentos colhidos está rendendo significativos lucros.
No último Capítulo, Cap 8 - "SUSTAINMENT" - o Manual tece considerações sobre o apoio logístico a ser desenvolvido nas campanhas de contra-insurreição. Príncipios gerais básicos são objetivamente observados e chama a atenção as considerações feitas no tópico "Contracted Logistic Support", a respeito de como terceirizar atividades logísticas, inclusive por empresas da nação hospedeira. Trata-se também de tema que, até agora, não havia sido doutrinariamente considerado com tal profundidade.
O Manual é complementado por 5 Apêndices :
Appendix A- A GUIDE FOR ACTION;
Appendix B- SOCIAL NETWORK ANALYSIS AND OTHER ANALITICAL TOOLS;
Appendix C - LINGUIST SUPPORT;
Appendix D - LEGAL CONSIDERATIONS;
Appendix E - AIRPOWER IN COUNTERINSURGENCY.
E também por uma Bibliografia específica, um Glossário de Termos Militares e por Referências Militares.
Conclusão
A receptividade da divulgação do FM3-24/MCWP 3-33.5 - "COUNTERINSURGENCY" está sendo excelente, não apenas junto às Forças Armadas norte-americanas, como também na maioria das Forças Armadas do mundo ocidental. Grande parte dos exércitos da OTAN já está em processo de reformulação de seus documentos similares, tendo como base o recente manual norte-americano.
Tal receptividade não deve ser encarada como um evento conseqüente de imposições políticas. Não há dúvidas de que este é o documento doutrinário de contra-insurreição mais bem elaborado que o mundo ocidental já viu até os dias de hoje. E não é por mera coincidência que tenha sido concebido como fruto de ensinamentos colhidos em campanhas extremamente complexas que demandaram um significativo preço pago em sangue, não apenas de profissionais como também de civis não-combatentes, em diferentes partes do mundo e em diferentes épocas.
Inimigos potenciais e latentes dos EUA estão, cada vez mais, desenvolvendo táticas, técnicas e procedimentos que procuram fugir das formas tradicionais convencionais que caracterizam o formidável e, mais do que nunca, inigualável poder militar norte-americano. As vulnerabilidades demonstradas em campanhas históricas mal sucedidas tais como no Vietnam, no Líbano e na Somália têm orientado as atuais ameaças assimétricas que fundamentam a consecução de seus objetivos na subversão, na guerrilha e no terrorismo, sem abrir mão de evoluções tecnológicas como, por exemplo, as proporcionadas pela Internet.
A verdade é que os atuais conflitos armados do Sec XXI, caracterizados por intensiva presença de forças irregulares, não raro motivadas por dramático fanatismo religioso, mescladas no seio de massas populacionais de diferentes matizes, estão a demonstrar inequivocamente que o êxito não se fundamenta mais apenas em fatores eminentemente militares, muito pelo contrário.
O manual, recém concluído, materializa um esforço significativo que reconhece que campanhas de contra-insurreição são desenvolvidas a longo prazo e que não se mensura o sucesso com a contagem de inimigos irregulares capturados ou mortos, ou com o número de ataques diários bem sucedidos. Sobretudo, há que se ter paciência e determinação na consecução dos objetivos, atributos que nem sempre a sociedade norte-americana está disposta a demonstrar.
Mais do que "ganhar a guerra", na atualidade, é fundamental "ganhar a paz". Esse é o grande fundamento que sintetiza toda a dramática experiência colhida que está registrada neste novo Manual. Todavia, muito embora estejam fora de dúvidas os significativos reflexos positivos produzidos pelo advento desta magnífica publicação profissional militar, nada há que assegure que os EUA atingirão, em toda a sua plenitude, os seus atuais objetivos nacionais, tanto contexto global, na chamada "Guerra Global contra o Terror" quanto regionalmente, nos Teatros do Afeganistão e do Iraque.
Alvaro de Souza Pinheiro é
Analista Militar especialista em Operações Especiais e Guerra Irregular
Fonte: Defesanet

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Dia 25 de Agosto - Dia do Soldado

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Uma homenagem ao glorioso Exército Brasileiro, e aos nossos Valorosos Soldados!!!

Homenagem ao EXÉRCITO BRASILEIRO,
"ORGULHO NACIONAL"
e ao
SOLDADO BRASILEIRO,
"DEFENSOR DA SOBERANIA"
Salve 25 de Agosto!!!

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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Como Explicar os 80% de Popularidade de Lula

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Os Institutos de Pesquisa, nos últimos 6 meses, registraram que a aceitação do governo Lula é cerca de 80%. Ficamos atônitos com este índice, em face do desastrado desempenho do governo quando analisado no seu conjunto.
Na área sócio-econômica tivemos um crescimento pífio, só acima do Haiti, um dos países mais pobres do mundo, e do Equador, na América Latina. Já, entre os países em desenvolvimento, como China, Índia, México, Coréia do Sul, Austrália, etc., somos o último, quando nos anos 80, do século passado, figurávamos em primeiro lugar nesse grupo. O crescimento do Brasil, após os governos militares, foi, em média, inferior a mundial. A educação, a saúde e a segurança estão mergulhadas em caóticas crises.
Na educação, os concludentes do segundo grau não aprendem a ler corretamente e não dominam a aritmética. No nível universitário, das 100 maiores universidades do mundo, não há nenhuma brasileira, enquanto nos EUA há 20. Na saúde falta estrutura física de hospitais, centro de saúde, postos de saúde, em todas as Unidades da Federação, e o pior, a maioria completamente desaparelhada de equipamentos e de pessoal especializados.
A segurança está completamente desacreditada, em face da corrupção de parte significativa do seu aparato, o que permitiu que a criminalidade e impunidade generalizassem, com 40% de crescimento só no governo Lula. Vejam alguns dados numéricos do atual governo: 37 mulheres são violentadas, diariamente, e destas, 9 são mortas; cerca de 137 pessoas perdem suas vidas, diariamente, pelo aparato de segurança ou entre facções criminosas distintas; cerca de 15 pessoas desaparecem, diariamente, ou sejam 5.575 por ano. Diante desse quadro, perguntamos: onde estão as políticas de segurança e dos direitos humanos do governo Lula? Onde está o Sr Vannucci, secretário dos direito humanos, que há oito anos gasta bilhões de reais com a política revanchista ideológica, com indenizações e aposentadorias milionárias destinadas aos maus brasileiros que tentaram, pelas armas e crimes comuns, impor uma Ditadura Socialista e outros bilhões de reais à procura de 226 “desaparecidos” terroristas que enfrentaram o aparato legal, por 20 anos, o que significa menos de 1 por mês? Destes 226 quantos morreram? Quantos mudaram a identidade e aparência física com fez José Dirceu? Quantos se exilaram, por evasão, e não voltaram?
Tudo é caótico no governo Lula. O sistema carcerário é dantesco com as instalações super povoadas com 500 mil presos e com cerca de 400 mil mandatos de prisão, sem possibilidade de execução por insuficiência de estrutura física, absoluta falta de efetivo e eficiência do sistema de segurança.
Ainda na área econômica, somos o 135º pior entre as 150 maiores economias do mundo na distribuição de renda; nossa dívida interna, em 2003, era de 650 bilhões de reais, hoje, está beirando os 2 trilhões de reais; saímos da 8ª posição econômica, nos anos 80 do século passado, decrescemos até a 16ª e agora somos 9ª, isto é, ficamos estagnados nos últimos 25 anos de governos civis; os investimentos na infra-estrutura cresceram de 1 % no governo de Lula; enquanto o gasto com os “cumpanheiros” no aparelhamento do Estado foi de 70%, sem qualificação profissional, mas, ideologicamente prioritário. Essa política está ameaçando levar à falência às empresas estatais, como ocorre com os Correios que, antes do aparelhamento eram considerados um exemplo de empreendimento bem sucedido na área estatal.
A reforma agrária já atingiu uma área superior à destinada ao agro-negócio porém com um rendimento de produção de apenas 3%. O modelo inspirado na antiga URSS, em Cuba, etc, que transformou esses países de exportadores em importadores. Cuba produzia 8 milhões de toneladas de açúcar e com a reforma agrária de Fidel Castro, agora produz apenas 1 (um) milhão – já a atual reforma agrária de Chávez na Venezuela conseguiu baixar a produção de 4 mil kg de feijão por hectare para 1 mil kg .
A famigerada política social “assistencialista e clientelista” do governo Lula como as bolsas família, floresta, presidiário e a luz para todos, cobrindo 13 milhões de famílias ou sejam 40 milhões de eleitores, afastou toda essa mão de obra da produção, transformando-a em desempregada, pois quem tem carteira de trabalho assinada não pode receber esses famigerados “benefícios”. Talvez esteja aqui a fonte de maior popularidade do governo Lula. São 40 milhões de eleitores de um universo nacional de 120.
Poderíamos analisar as áreas de políticas interna e externa, científicas e de segurança nacional, etc, mas o desempenho não é menos caótico. Acreditamos que só “as políticas sociais “assistencialistas e clientelistas”, o investimento maciço na mídia, na imprensa subornada para afastar os profissionais que denunciavam com independência, a corrupção, a subversão, a malversação dos recursos públicos, as negociatas do executivo com os parlamentares, as licitações viciadas, o aparelhamento do Estado com “cumpanheiros” despreparados, etc., podem justificar os resultados das pesquisas, largamente divulgadas.
Finalmente, temos que também responsabilizar a oposição política, as elites esclarecidas acomodadas e lenientes que a tudo assistem e não se mobilizam para informar ao povo iludido, como a agenda do governo é ilusicionista, recheada de mentiras e meia verdades que de tanta repetição tornam-se “verdades”.
Fonte: Grupo Guararapes,
citado pelo Cel Lício.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

As Eleições Presidenciais e o Atentado à Inteligência Individual

por Leandro Roque
A eleição presidencial deste ano promete ser, de longe, a pior e mais estupidificante já vivenciada pelo povo brasileiro. Não que as eleições anteriores tenham sido grandes coisas, muito pelo contrário. Porém, em todas elas, havia ao menos algum discurso ou comportamento um pouco mais interessante, algo que destoava um pouco do inconsciente estatizante que sem dúvida irá dominar a eleição atual.
As eleições de 1989 até hoje foram as melhores. Com um governo que usufruía módicos 7% de aprovação, todos os 22 candidatos eram obrigatoriamente do contra. É claro que era possível ser contra Sarney à direita e à esquerda. E havia uma ampla leva daqueles infatigáveis seres ansiosos para trazer o Muro de Berlim para cá. Porém, também havia aqueles que falavam coisa com coisa — e em uma quantidade que jamais se repetiu.
Afif, cujo plano econômico havia sido elaborado pelo economista Paulo Guedes, era de longe o melhor. Era o único, aliás, que demonstrava entender genuinamente as causas das mazelas econômicas que afligiam o país à época. Fernando Collor, por sua vez, apresentava um discurso que falava abertamente em privatizações, redução do estado e cassação de marajás, algo proibitivo hoje em dia. Liberal demais. Pena que após sua posse, o carioca-alagoano — que subiu a rampa do Palácio do Planalto bufando modernidade — resolveu entregar o comando da economia a uma ex-integrante do PCB. O resultado não poderia ter sido outro. Por fim, até mesmo Ronaldo Caiado tinha algumas ideias modernas.
Em 1994, FHC teve de adotar um discurso mais liberal para se contrapor ao seu rival petista, que ainda sonhava com Cuba. O mesmo ocorreu em 1998. Em 2002, foi a vez do PT mostrar que estava ficando racional, o que trouxe um certo frescor. Mesmo em 2006 houve alguns (poucos) bons momentos no primeiro turno, nem que fosse a participação de Luciano Bivar, do PSL. No segundo turno, é verdade, a coisa degringolou geral.
E é nesse espírito que começará a campanha presidencial deste ano. Dos quatro principais candidatos, todos têm DNA 100% de esquerda. José Serra foi trotskista na juventude e é de formação econômica cepalina. Atualmente é pós-keynesiano. Dilma Rousseff é de formação stalinista e, em sua juventude, participava de assaltos a bancos e praticava invasão de domicílios. Ainda não se sabe o que ela defende atualmente, pois não tem vida própria. Lula manda, ela obedece. Marina Silva, como toda ambientalista, apenas limita-se a repetir chavões sobre 'sustentabilidade', 'desenvolvimento responsável' e xaropadas afins. Finalmente, há a imperecível figura de Plínio de Arruda Sampaio, cujas ideias, que exalam naftalina, fazem com que Robert Mugabe pareça moderado. E, como bom comunista, obviamente não dispensa o luxo: mora no bairro Alto de Pinheiros, São Paulo, ao mesmo tempo em que defende o confisco da propriedade dos "ricos".
Com a iminência do horário político, que será um verdadeiro tormento para os seres inteligentes pelos próximos dois meses, o IMB vem a público com a missão de poupar o leitor da aflição de ter de se informar sobre o programa econômico dos nobres candidatos. Aqui vai um breve compêndio de como pensam as esclarecidas mentes destes quatro adoráveis seres que estão ávidos para comandar a sua vida e a economia pelos próximos quatro anos.
Comecemos por José Serra. 
Este talvez seja o portador do enigma mais transcendental da política brasileira. Como pode um indivíduo de passado trotskista e presente keynesiano ser considerado o candidato liberal? Mais ainda: por que um homem claramente de esquerda é odiado mortalmente pela ala esquerdista da sociedade brasileira?
A resposta à primeira pergunta é fácil. Na falta de um discurso genuinamente liberal, pega-se para ocupar esta vaga o representante do partido cujos membros são vistos pela mídia como sendo os menos esquerdistas. Desculpem a simplicidade da explicação, mas a resposta à primeira pergunta de fato é esta.
Quanto à segunda pergunta, sua resposta exige um pouco mais de aprofundamento histórico.
A explicação simples, porém direta, é uma só. Não é novidade alguma que o cenário político brasileiro está dividido entre duas e apenas duas forças: comunistas e social-democratas. Esquerda e esquerda. Qualquer coisa à direita disso está veladamente proibida. A disputa entre uma direita e uma esquerda, ambas moderadas, é a essência de qualquer democracia europeia, americana ou mesmo colombiana e chilena. Mas, no Brasil, a coisa é mais progressista. A disputa se dá apenas entre os espectros à esquerda do centro.
E é aí que vem a resposta: enquanto que nas democracias consolidadas esquerda e direita brigam dentro das regras, historicamente a briga entre social-democratas e comunistas sempre foi coisa feia. Onde quer que essa briga tenha dominado o palco, houve carnificina. Na Rússia, os comunistas trucidaram os social-democratas, impondo o regime leninista. Já na Alemanha ocorreu o contrário, e, após a chacina, o vácuo deixado pelos comunistas foi ocupado pelo populismo nazista.
Como no Brasil não há direita, nem conservadorismo e muito menos liberalismo, qualquer social democrata de maior expressão imediatamente ganha essa pecha. E, ato contínuo, recebe toda a fúria das esquerdas originadas de movimentos comunistas, como é o caso do PT. E não adianta: quanto mais o sujeito tenta aquiescer, quanto mais ele tenta conciliar, mais fúria ele atrai.
Por mais que o sujeito defenda programas sociais politicamente corretos, por mais que ele defenda banco central imprimindo dinheiro para baixar os juros na marra (medida essa que, na verdade, acaba tendo o efeito oposto, algo que keynesiano nenhum entende), por mais que ele defenda crédito fácil e subsídios, por mais que ele defenda o aumento de gastos e investimentos estatais, por mais que ele faça tudo isso, não tem jeito: ainda assim o coitado não consegue o amor das esquerdas.
Justamente por não ser um genuíno conservador ou mesmo um liberal light, mas apenas um social democrata, ele é capaz de materializar toda a fúria esquerdista contra si próprio.
E quando olhamos seu plano de governo, vemos que ele de fato vem se esforçando ao máximo para agradar essa esquerda que tanto o odeia.
Já disse que vai criar mais dois ministérios, sendo um deles voltado para os deficientes físicos (como se um bando de burocratas encastelados em Brasília e comendo dinheiro público ajudasse em alguma coisa um sujeito numa cadeira de rodas vagando pelas ruas de Pirassununga). O outro ministério seria voltado para a segurança pública. Esse, sim, promete ser um monumental ralo de dinheiro público, pois os recursos certamente nunca serão o suficiente para dar sequência à imbecil guerra às drogas, por exemplo.
Aprofundando-se ainda mais em seu esforço, o cepalino prometeu duplicar o Bolsa-Família. Atualmente, o programa atende 12,6 milhões de famílias. A meta serrista é elevar esse número para parcas 27,6 milhões de famílias. Ora, se imaginarmos que cada família pobre é formada por pelo menos 4 pessoas, teremos então que num eventual governo Serra nada menos que 110 milhões de pessoas estarão recebendo dinheiro diretamente do governo. Se a esses números acrescentarmos o número total de funcionários públicos, tanto na ativa quanto aposentados, que até lá já estarão beirando os 11 milhões, temos que nada menos que 121 milhões de pessoas serão "empregadas" do governo. Algo, no mínimo, soviético. Sem dúvida, é assim que um país enriquece.
Mas, calma!, ainda tem mais. O social democrata também prometeu criar um tal Bolsa-Adolescente, que, segundo ele, seria uma ajuda para que jovens concluam o ensino profissionalizante e entrem no mercado de trabalho. Mais um pouquinho e ainda vão criar uma lei declarando a obrigatoriedade de se fornecer um emprego.
Ah, sim: segundo o próprio, tal programa está na origem dos programas sociais do governo Lula. Ambos duelam pra ver quem fez mais "pelo social", para ver quem é o mais progressista.
Em termos puramente econômicos, no que tange ao papel do estado na economia, Serra já deixou claro em várias entrevistas que acredita no "ativismo estatal", com um governo regulando rigidamente a atividade econômica e investindo em infraestrutura. Meio que para contrabalançar essas posições explicitamente interventoras, e também para não assustar tanto a sua base eleitoral, formada predominantemente por antipetistas, o tucano sempre recorre ao inefável "tucanês", e diz que a estrutura do estado deve ser "eficiente" — o que significa que dá para "fazer mais com menos recursos." (Normalmente tal frase é pronunciada com o punho fechado, demonstrando o vigor da ideia).
Isso significa que Serra irá cortar gastos? De modo algum. Corte de gastos é palavra proibida no vernáculo social-democrata, "pois causa muito sofrimento". Ademais, temos de admitir, seria muita maldade parar de financiar amostras culturais, festivais de curta-metragem e algum grupo de teatro avant-garde (social democrata que se preze é fluente em francês). No máximo, com muito esforço, Serra concede que é preciso diminuir o ritmo do aumento dos gastos. E estamos conversados.
Por fim, há aquele área que faz todo pós-keynesiano salivar: crédito, juros e bancos públicos. Nesse quesito, Serra garante que não haverá parcimônia. Juros baixos, concessão de crédito subsidiado via BNDES e bancos estatais estão na pauta do programa keynesiano tucano.
Privatizações? Nada. O debate atual passa longe da necessidade de novas privatizações. A única discussão permitida é perguntar por que o PT não desfez as privatizações que foram feitas pelo governo FHC...
E esse é o candidato liberal. Analisemos agora sua rival.
Dilma Rousseff defende as mesmas políticas econômicas de Serra, porém é mais explícita em seu programa. Sabemos que ambos vão aumentar os gastos, porém a petista não esconde que fará um "reaparelhamento da máquina estatal", com a "valorização do funcionalismo público", sendo que essa sempre foi historicamente a base eleitoral do PT. Para ela, aqueles que falam que existe inchaço na máquina estatal são necessariamente defensores de um estado mínimo utópico. Para Lula, um bando de criminosos sem alma e sem piedade.
Caso Dilma seja eleita, prepare-se para sustentar um exército de marajás que desfrutarão aposentadorias de R$ 18 mil e que ganharão R$ 13 mil para serviços básicos. E contenha-se, leitor: se você ficar irritado por ter de pagar salários magnânimos para parasitas, trata-se de uma postura criminosa. Essa política, vale ressaltar, será uma mera continuação da política iniciada por Lula ainda em seu primeiro mandato.
Em um possível governo Dilma, ela própria já garantiu que não apenas não venderá nenhum bem governamental, como também fortalecerá estatais como Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES.
Para contrabalançar, Dilma costuma dizer que irá diminuir a carga tributária sobre a folha de salário e sobre os setores energético e de remédios. Por que isso sequer foi discutido nos oito anos do governo do qual ela participou integralmente é algo que não deve ser perquirido, pois há o sério risco da candidata se embananar nas respostas.
E quando isso acontece — isto é, quando a petista tenta formular alguma frase — é um Deus nos acuda. As sentenças não fecham, o raciocínio é torto e confuso, e o discurso não flui, perdendo-se em intermináveis anacolutos.
Como seus marqueteiros já lhe disseram que ela não pode atacar e nem defender nenhum programa em específico (por exemplo, ela não pode desagradar aos ambientalistas e nem ao MST, mas também não pode hostilizar os ruralistas e os pequenos proprietários de terra), a coitada fica perdida e acaba dando respostas impossíveis, na vã esperança de que a embromação irá fazer o espectador crer que ela tem um pensamento percuciente, opalescente, refletido, pautado pelo rigor e pela temperança.
Em termos monetários, não há por que imaginar que ela pense diferente de Serra, embora seja bem possível que ela venha a manter Henrique Meirelles no Banco Central, apenas para manter a confiança dos tais "mercados".
Por fim, vale lembrar que Dilma sempre gostou de enfatizar que o estado deve defender o "interesse nacional" e "a emancipação do povo brasileiro". Tradução: o governo vai encher o BNDES de dinheiro para que este dê empréstimos subsidiados às grandes empresas, cujos donos possuem ligações estreitas com o governo (o dono de uma famosa cadeia de supermercados não virou um entusiasta petista à toa). A ideia é criar um conglomerado de empresas nacionais que serão verdadeiras potências mundiais, com o objetivo de dominar o mundo. É o velho conluio entre estado e grandes corporações, política essa inventada por um cavalheiro chamado Benito Mussolini.
O problema é que, como o BNDES vem sendo financiado diretamente pelo Tesouro — que está vendendo títulos da dívida e dando o dinheiro arrecadado para o BNDES —, isso significa que, para manter esse socialismo para os ricos, a carga tributária e os fardos regulatórios sobre as pequenas empresas terão de seguir aumentando (afinal, alguém precisa pagar pela farra).
Curiosamente, eis aí um arranjo que não só nenhum partido político condena, como na verdade todos aprovam. Afinal, são esses barões que, em troca do financiamento camarada do BNDES, irão encher de dinheiro os cofres desses partidos.
O imenso espaço que isso abre no cenário nacional para que algum partido faça um discurso genuinamente libertário em defesa das pequenas empresas e contra subsídios e regulamentações não tem quem o preencha. E é assim que chegamos ao inevitável arranjo que hoje domina a economia brasileira: subsídios e regulamentações sempre prejudicando a vida das pequenas empresas, e dando vantagens injustas para as grandes empresas. E depois ainda acham estranho que as pequenas empresas paguem salários baixos...
O que nos leva à senadora Marina Silva, que tinha potencial para adotar, nem que fosse de forma fingida, esse discurso.
O problema é que a senadora parece um semáforo: às vezes está verde, às vezes está vermelha. (Se bem que há pouca diferença entre ambas as cores. Os vermelhos querem abolir a busca individual do lucro e da felicidade pois acham que tal comportamento gera exploração, monopólios e pobreza contínua. Já os verdes querem aboli-lo pois acham que ele gera chuva ácida, destruição da camada de ozônio e aquecimento global).
Quando está verde, a senadora é inócua. Tudo o que ela consegue com seus intermináveis discursos sobre a necessidade de termos mais moinhos de vento e menos hidrelétricas é atingir aquela inocente dignidade do ridículo.
Após 3 minutos de falatório — no qual o espectador é seriamente desafiado a mostrar que não sofre de Distúrbio de Déficit de Atenção —, a senadora já descarregou uma pletora de substantivos abstratos, recheados com vários termos técnicos modernosos sobre meio ambiente e perfeitamente adornados por aquele linguajar poético que mistura o jacaré-do-peito-amarelo, as populações indígenas, os sedimentos e as licenças ambientais. Tudo isso, é claro, cuidadosamente expressado naquele idioma diretamente saído do manual da agenda politicamente correta do novo milênio.
Aquela figura de aparência frágil e beata, com voz um tanto sumida, ajuda uma enormidade a aumentar toda a mística em seu entorno, blindando-a da necessidade de quaisquer explicações mais aprofundadas. Em uma entrevista dada ao programa Roda Viva, a senadora foi perguntada sobre política econômica. Qual seria a dela? Iria manter Henrique Meirelles no Banco Central? A resposta foi um sorriso cândido e vitorioso, típico daqueles que enxergam a política em outro patamar. O que Marina deu a entender é que essas preocupações são mundanas demais, e já estão devidamente superadas. O que importa é a nova agenda do milênio, isto é, a sustentabilidade. Todo o resto é conversa fiada. Parodiando Fernando Pessoa, em um hipotético governo Marina, mordomos invisíveis seriam encarregados da administração da casa enquanto ela se dedicaria inteiramente aos "temas do futuro", que é o que importa.
Ou seja, quando está verde, a senadora é inócua. Porém, quando muda pro vermelho, a coisa fica mais séria. E de modo contraditoriamente engraçado. Perguntada sobre redução de impostos, ela manda ver: "Eu disse que aumentar, não. E, se possível, reduzir. Temos que criar os meios para a redução". Porém, logo após prometer que não irá aumentar impostos, a digníssima arremata dizendo que irá elevar impostos sobre "indústrias poluidoras" e que irá também promover a unificação do ICMS, numa clara intervenção federal na soberania dos estados — se é que existe alguma.
Tudo o que a economia mais precisa é que o governo imponha custos extras sobre as indústrias e que os estados mais pobres tenham seus ICMSs equiparados aos dos estados mais ricos. Aparentemente a senadora ignora o fato óbvio de que esses custos extras repercutirão nos investimentos e, consequentemente, nos bens produzidos e nos salários pagos por essas empresas. Mais ainda: a unificação do ICMS seria péssima justamente para os estados mais pobres. Afinal, sendo o custo tributário estadual o mesmo, por que abrir fábricas em locais mais atrasados se é possível desfrutar da mão-de-obra e das comodidades dos locais mais ricos?
Sim, de vez em quando ela fala que está preocupada com o aumento da dívida. A solução? A mesma de Serra: reduzir o ritmo de aumento dos gastos. Ambos creem que, dessa forma, o PIB irá crescer proporcionalmente mais que os gastos, reduzindo a dívida. É tudo na base do achismo, sem qualquer sustentação teórica. Afinal, por que achar que o PIB vai crescer mais que o ritmo de aumento dos gastos? "Tudo dando certo, o endividamento tenderá a ficar menor em relação ao tamanho da economia, com o passar do tempo", disse um assessor.
Entendeu? "Tudo dando certo...".
Tudo dando certo, eu posso pular da janela, voar até a lua e ainda voltar a tempo do almoço. E é isso que hoje em dia se passa por plataforma econômica...
Mas não se desespere! Caso ainda esteja insatisfeito com essas três distintas opções, nossa democracia pluralista permite que você possa escolher entre uma gama de partidos nanicos, cujas plataformas são extremamente diversificadas, indo desde a implementação da política econômica da Albânia da década de 1980 (aquela maravilha em que as pessoas, de tão desesperadas, se jogavam ao mar utilizando toras de árvore como boias) até a restauração do regime maoísta.
Por exemplo, Plínio de Arruda Sampaio e seu P-SOL. Eis aí um partido fundado inteiramente pela ala xiita do PT, com quadros majoritariamente vindos do PT gaúcho e paulista, os mais radicais. Seus membros defendem desavergonhadamente a tomada da propriedade dos meios de produção.
Muitos dizem que Plínio é um sujeito caricato demais e, logo, inofensivo. Ledo engano. Embora suas chances sejam nulas, o fato é que sua simples presença na campanha serve a um propósito muito mais avançado, a uma estratégia muito bem bolada: seu discurso de extrema-esquerda serve para deslocar o fiel da balança para essa direção, fazendo com que qualquer discurso mais à direita do PSDB seja visto como radical. Com o fiel da balança violentamente girado para a esquerda, o lugar nominal do que seria a "direita" foi ocupado pelos tucanos, os quais na Europa seriam vistos como um partido social democrata qualquer — e, naturalmente, de esquerda.
Com esse o quadro de opções políticas completamente falseado, a hipótese de um discurso genuinamente liberal se tornou inviável e inconcebível no Brasil.
Conclusão
Pronto. Eis aí a nossa democracia em ação. Eis aí a plataforma política de nossos potenciais chefes de governo.
Estranhamente, ninguém vê esse processo como uma anormalidade. Ao contrário: as pessoas, inclusive os bem pensantes, veem aí uma saudável demonstração de pluralidade democrática.
Para a mídia e, principalmente, para o establishment universitário, o Brasil está perfeitamente dentro do espectro político aceitável, com partidos que vão desde a extrema-esquerda, de um lado, até a democracia socialista, do lado oposto. E só. Acabam por aí as opções. Mesmo a social-democracia escandinava, com sua economia privada altamente desregulamentada, pouca burocracia, inexistência de salário mínimo e de bancos estatais, e com ampla liberdade comercial, não possui representantes por aqui.
Mises sempre dizia que, para poder sobreviver, o ser humano precisa ser capaz de pensar, precisa saber usar corretamente suas faculdades mentais. Pelo visto, os brasileiros há muito já terceirizaram essa função. Hoje, quem pensa pela população são a mídia e os intelectuais universitários. E isso ajuda a explicar por que o país é uma fonte tão escassa de pensamento original e significativo.
Isso é realmente assustador. E o que é ainda mais apavorante é ver que mesmo o universo intelectualmente independente — incluindo-se aí blogueiros famosos e muito lidos, professores de economia com grande reputação, historiadores e filósofos, e todos os outros campos direta ou indiretamente ligados à política — está predominantemente contaminado pelo mesmo nível de ignorância, o que o impede de identificar esse mesmo problema nos candidatos.
Aparentemente estamos vivendo em uma sociedade cuja cultura econômica é comparável a uma mesa de sinuca, na qual bolas de bilhar inconscientes se colidem ao acaso, sem que qualquer conhecimento ou compreensão da situação estejam presentes.
Leandro Roque é o editor e tradutor do
site do Instituto Ludwig von Mises Brasil.
Fonte: Instituto Ludwig von Mises Brasil
COMENTO: alertado por um leitor, quero deixar explícito que, apesar de parecer que a candidata petista foi contemplada com "menos críticas" no presente texto, isto não significa que seja a menos nociva ao país. A antiga terrorista, hoje maquiada pelos marqueteiros, traz consigo toda a carga maléfica de sua história - que ela insiste em não esclarecer ao distinto público - e a de seu partido e aliados. Assim, dos candidatos que temos ao cargo presidencial "deçepaíz", com certeza ela é a menos indicada!

domingo, 22 de agosto de 2010

A Burrice Humana

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A humanidade e mesmo países, às vezes, sabem que estão marchando para o abismo e continuam marchando. Exemplos históricos demonstram esta assertiva. Barão de Turgot dizendo ao rei Luiz XVI que tinha que economizar e a corte gastando; e a cabeça do rei rolou na guilhotina. O louco do Hitler dominando as massas com suas promessas e o povo batendo palmas; e a desgraça da 2ª Guerra Mundial e o holocausto. Alguns russos mostrando a desgraça que seria com Stalin (inclusive Lenine) e a maioria batendo palmas e 100 milhões de mortos e o grande número de intelectuais, de barbas, cabelos compridos e imbecis cantando loas ao comunismo e só vendo a desgraça após a palavra de Kruchov no XX Congresso do Partido Comunista da URSS, em 1956. Para não deixar a América de fora, aí está o exemplo de CUBA. Muitos cubanos dizendo que era preciso sair Baptista e os gozadores do Poder batendo palmas e veio o “santo Fidel” pregando liberdade e mil maravilhas; e o resultado foram 17.000 fuzilamentos e o povo cubano fugindo para o mundo e a Ilha ainda com as prisões cheias; a Cuba que o Brasil de Lula defende.
O Brasil segue a “Marcha da Insensatez”. Veio a tão falada democracia. O 1º presidente era o chefe do Partido que defendia a “ditadura”. A Constituinte cidadã, contra o voto do pessoal da esquerda (PT). Veio o grande salvador da Pátria. O honesto, o digno, e o santo, e cai por roubo, safadeza e a culpa era a ditadura dos generais. A Cidadã dando direitos e mais direitos. Era a liberdade e a felicidade. A esquerda chamando todos de ladrões. Impublicáveis os nomes feios, desonrosos contra a honra dos dois primeiros presidentes.
O 4º Presidente, amigo deles, passou a ser o diabo em pessoa. Salvou-se a moeda, e a esquerda contra o real. Era a verdade pura. Muda-se a lei para que o 4º pudesse governar 8 anos e a esquerda contra. Nova eleição e a esquerda assina um documento de direita garantindo que não muda nada quanto a dinheiro. O mundo seria salvo e o Brasil maravilhoso.
Nova época e novas descobertas. Agora que a salvação nacional tinha chegado, veio recheada de novo ingrediente. Era a oficialização do roubo. Como roubavam antes podia-se roubar agora e com mais voracidade. Celso Daniel, CPI Banestado, ligações com as FARC, DNIT, mensalão de todos os tipos, dinheiro no exterior (dólar), dinheiro na cueca, mala, avião, meia, bolsa, com a esposa, enriquecimento familiar, com amantes e roubos e mais roubos e o Brasil na Marcha da Insensatez. Viva a Anarquia.
Na Marcha da Insensatez vem o controle da sociedade por intermédio de todo tipo de leis. Estatuto da Criança, e a criança na rua, e até roubo de merenda escolar, e ninguém preso. Estatuto do Idoso e ameaça para quem não tomar conta do seu velho. As cadeias cheias dos três 'P' da vida e os ladrões dos mensalões soltos e os idosos passando fome. A lei responsabiliza quem não tomar conta de seus doentes mentais e ameaça de prisão, quando na verdade os loucos que tomam conta do governo deveriam estar presos. A lei da Igualdade Racial. Agora no Brasil não temos mais raças. Aqui, não mora preto, branco e amarelo e todos os olhos são iguais. (mas no Censo do desgoverno, indaga-se a raça do entrevistado!) Vem a lei da Palmada. Prender pai que der palmada no filho; e quem vai tomar conta do filho? O Estado irresponsável brasileiro. Criação do PNDH-3. Agora tudo será controlado. Vão usar aquela música: Tira a “Cruz do Lugar” e coloca o retrato de Che Guevara, como na prefeitura de Fortaleza. Lei da Ficha Limpa. Só no Brasil é preciso que se faça uma lei para dizer que ladrão ou cabra safado não pode ser candidato. Homem público só pode ser limpo e no Brasil ladrão e rico é quem pode tudo. É a inversão das coisas.
VIVEMOS A BURRICE HUMANA. QUEREM ELEGER QUEM JÁ ASSASSINOU E ROUBOU E É FICHA SUJA. PODE?