sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Morrer por Zelaya?

por Jayme Copstein
Quem deseja morrer por Zelaya? A pergunta absurda nasce de uma idiotice levantada por alguém nos bastidores do Governo, transpirada e por fim abafada prontamente pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, com a declaração peremptória de que o Brasil "não pretende intervir militarmente em Honduras".
Durante todos esses anos, desde o fim da ditadura, redemocratizar significou para os patriotas de plantão sucatear as Forças Armadas, como se a farda e não a insaciável fome de poder dos políticos fosse o obstáculo para normalizar a vida da Nação. Com alguns quartéis limitando o expediente à parte da tarde porque falta verba para o rancho, alguém falar em mandar tropas para a América Central é de rir.
O trágico em tudo é que há jornalista brasileiros brincando de correspondente de guerra, tentando impressionar leitores e ouvintes com as suas dificuldades de fazer a cobertura porque não conseguem entrar no prédio onde funcionava a nossa Embaixada. Funcionava, sim, hoje foi transformada em palanque de Manuel Zelaya, graças à trapalhada em que Marco Aurélio Garcia e seu obediente acólito, Celso Amorim, enfiaram Luiz Inácio Lula da Silva.
Seja qual for a evolução do quadro, as consequências para a imagem do Brasil são as mais desastrosas. Se Manuel Zelaya conseguir retornar à presidência, volta como ditador. A esta altura dos acontecimentos, excluindo-se uma improvável renúncia imediata de Roberto Micheletti para que o Judiciário assuma o poder, não há condições de se realizarem as eleições de novembro. O papel desempenhado pelo Itamarati — sórdido, triste — terá sido o de contribuir para instalar uma ditadura na América Central.
Há, ainda, outra hipótese: que a crise hondurenha descambe para o confronto armado. Neste caso o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, terá deixado a marca da sua irresponsabilidade, manchando de sangue, como nenhum outro, a história brasileira.
Fonte: Blog do Jayme Copstein
COMENTO: todo e qualquer jornalista sério, com o mínimo senso de respeito pela sua profissão, manifesta sua opinião contrária à palhaçada promovida pelos três patetas — Stalinácio, o patife do "top-top" e o Megalonanico — em detrimento à imagem nacional. Por outro lado, a "grande imprensa" dependente do rico dinheirinho da PTroubarás, do BB, da CEF (empresa de "inutilidade pública" onde os grevistas desativaram até a possibilidade de depósitos em caixas eletrônicos), dos Correios (aquela outra empresa monopolista que necessita urgentemente mostrar uma propaganda afirmando que "parece milagre" quando seus serviços encontram-se totalmente paralisados), continua repetindo a palhaçada de que os poderes legislativo e judiciário hondurenhos são "golpistas" por terem evitado a "neo-bolivarização" do país. Bem que tal imprensa prostituta gostaria de ver nossos militares envolvidos nesse embuste montado pelo Mico Mandante venezuelano para ver se aumentam suas vendas e diminuem sua dependência das tetas governamentais. Ou terá sido mais um "balão de ensaio" lançado pelos aspones do trio de idiotas que não sabem como se livrar do Zé e sua Laya.

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