sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Dona Yeda e o Maior Escândalo da Política Gaúcha

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Antes, dona Yeda, tenha na sua cabeça que ninguém chuta cachorro morto. Nem minhoca.
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Desde 2007 que querem envolver o nome da governadora em atos de corrupção. Ainda não conseguiram provar nada. Só denúncias. Como virou moda dizer que “toda denúncia tem que ser investigada”, qualquer irresponsável pode falar o que bem entender que os veículos de comunicação, especialmente os defensores da moral, ética e imparcialidade, abrem generosos espaços. Mesmo que o denunciante seja um conhecido escroque.
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Mas, a inserção de generosíssimos espaços publicitários pode transformar realidades. Assim, um denunciante de deputados petistas pode ser desqualificado pela mídia, mesmo que apresente comprovantes.
Assim, um denunciante, notório ordinário, mesmo sem provas, transforma-se em um mártir dessa gente da moral, da ética e da imparcialidade.
Simples de entender, não?
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Esses tipos, defensores da moral, da ética e da imparcialidade, tentam passar, de maneira até competente, que o RS, pela primeira vez em sua límpida história varonil, jamais conviveu com um mar de lama tão espesso quando destes dias/meses/anos de dona Yeda. O trabalho dessa gente é tão velhaco que acreditam que ninguém tem memória, que a história recente não fica registrada.
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Um apressadinho pode perguntar: Então qual é o maior escândalo da política gaúcha?
Simples a resposta. Basta recorrer a informações da Zero Hora, do tempo em que não estava totalmente “simpática” ao “modo petista de ser e agir” e aguardava com ansiedade como dona Yeda iria se comportar no Governo  afinal, ela trabalhou no Grupo RBS por um bom tempo.
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Sem mais papo, leia as informações da Zero Hora, de 2006:

Três petistas gaúchos foram denunciados ontem pelo Ministério Público Estadual (MP) pelo recebimento de R$ 1,05 milhão do empresário Marcos Valério de Souza. Destinado ao PT, o dinheiro não foi contabilizado nem declarado à Justiça Eleitoral.
O Ministério Público ofereceu denúncia à 2ª Zona Eleitoral de Porto Alegre contra o ex-presidente do PT David Stival, o ex-tesoureiro Marcelino Pies e o militante do partido Marcos Trindade.
O trabalho do promotor Ivan Melgaré tomou como base o inquérito elaborado pela Polícia Federal no Rio Grande do Sul. Segundo Melgaré, os implicados foram enquadrados por desrespeito ao artigo 350 do Código Eleitoral, que configura como crime a omissão de informações sobre contas eleitorais. A pena prevista é de um a cinco anos de prisão.
Apesar da denúncia, o MP ofereceu a Stival, Pies e Trindade o benefício da suspensão condicional do processo pelo prazo de dois anos. Se a Justiça e os denunciados aceitarem, o processo pode ser substituído por doação de cestas básicas ou prestação de serviço à comunidade. Terminado o prazo, o processo seria extinto e os três voltariam á condição de primários.
Promotor afirma que houve intenção de ato criminoso
O MP descreve na denúncia à Justiça que entre os meses de junho e outubro de 2003 o PT gaúcho recebeu dinheiro da agência de Marcos Valério, a SMP&B, com sede em Belo Horizonte (MG). Os três admitem a ida à capital mineira para buscar dinheiro, sob orientação do ex-tesoureiro Delúbio Soares, mas não confirmam o uso dos recursos para saldar despesas de campanha.
Para o promotor, os acusados agiram com dolo 
 a intenção deliberada de praticar um ato criminoso  ao não declarar os valores na prestação de contas anual do partido. Nas palavras de Melgaré, "a prática de expediente ilícito, popularmente denominado de caixa 2".
O que diz David Stival, ex-presidente do PT
"Não tivemos acesso ainda ao teor da denúncia, por isso é melhor não nos pronunciarmos sobre o conteúdo. Mas era o esperado. Lembro, no entanto, que a investigação inicial da Polícia Federal não era sobre valerioduto, mas sobre a minha entrevista de que caixa 2 de campanha era uma questão de todos os partidos. O que a gente lamenta nesse caso é que o Ministério Público não faça uma investigação em todos os partidos. Assumimos o R$ 1,05 milhão que recebemos e vamos responder por isso na Justiça.” 
Entenda o caso
Quando eclodiu o escândalo do mensalão, o PT negou ter mantido relações com o empresário mineiro Marcos Valério de Souza, apontado como o operador do mensalão e fonte do dinheiro que circulou pelo caixa 2 administrado pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.
No início de agosto de 2005, em depoimento à Procuradoria-Geral da República, Valério disse ter repassado R$ 1,2 milhão ao PT gaúcho. Sua secretária na agência SMP&B, Simone Vasconcelos, contou a mesma história. Inicialmente, os petistas gaúchos negaram a acusação.
Diante das evidências, o PT gaúcho resolveu admitir a doação clandestina. O ex-tesoureiro Marcelino Pies confirmou que foi duas vezes a Belo Horizonte (MG), onde pegou dois cheques de R$ 75 mil cada. Segundo Pies, teriam sido usados para pagar despesas do partido — não eleitorais — com duas gráficas.
O militante do PT Marcos Trindade também confessou ter ido à capital mineira por três vezes em 15 de julho de 2003, 26 de setembro e 24 de outubro do mesmo ano para buscar R$ 900 mil. Viajava de ônibus e pegava o dinheiro com Simone, na sede da SMP&B.
Valério também teria entregue outros R$ 150 mil a Paulo Bassotto, na época funcionário do PT estadual. Bassotto passou pelo constrangimento de ser flagrado com o dinheiro em uma mala no Aeroporto de Congonhas em São Paulo, em 16 de junho de 2003. O PT gaúcho não contabiliza o valor que Bassotto teria recebido de Valério.

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