terça-feira, 30 de junho de 2009

Hondureños Defienden la Democracia a Nivel Nacional






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Los participantes han salido a pronunciarse para que la comunidad internacional sepa que en realidad en Honduras se defendió la democracia
Honduras
Momentos de terror vivieron los centenares de sampedranos que se congregaron en el bulevar Morazán de San Pedro Sula para mostrar de forma pacífica estar de acuerdo con la destitución del ex presidente Manuel Zelaya.
Los participantes del plantón fueron atacados por la turba que desde el domingo hace movilizaciones en esta ciudad amenazando con palos y piedras a sus opositores que tuvieron que salir corriendo y refugiarse en establecimientos comerciales y otros cercanos.
El plantón se desarrollaba de forma normal, las expresiones eran a favor del proceso que se siguió con Zelaya.
"Aquí está el pueblo sampedrano, no le mientan al mundo, lo que ha sucedido es en respeto de la Constitución. Apoyamos el nuevo Gobierno", decían a gritos.
Las pancartas eran con mensajes para Organización de Estados Americanos y la Organización de las Naciones Unidas para que envíen comisiones a investigar la situación real del país.
También llamaron la atención de las cadenas internacionales de noticias para que sus periodistas den a conocer las diferentes versiones de lo que ha pasado en Honduras.
En la plaza Morazán en Tegucigalpa se han abocado muchos ciudadanos para defender la Constitución de la República. "Hoy estamos aquí para decirle al mundo que somos más los que queremos orden y respeto a la legalidad y que queremos vivir en paz sin ingerencias de nadie, porque Honduras es nuestra y solo nuestra", indicó Evelio Reyes, pastor de la iglesia Vida Abundante.
Reyes también aprovechó el momento para pedirles a los medios de comunicación internacionales que usen sus cámaras y todos los instrumentos que tienen para recoger la verdadera opinión, que no se parcialicen, que sean objetivos y que busquen la verdad donde quiere que esté y la sivan al mundo.
Fonte: Jornal La Prensa - Honduras
COMENTO: pelo visto, a "atitude padrão" das "izquerda" é "baixar o porrete em quem não concorda com suas pustulações (desejo dos pústulas de nomear seus iguais em uma "boquinha" que lhes possa favorecer). Isto se viu, em âmbito nacional, na atitude dos botocudos uspianos, e agora é denunciado, em âmbito internacional, em Honduras. Por aqui, a grande mídia comprada faz eco às palavras do seu líder, Luiz LI, que é contra o "golpe dos militares hondurenhos" mas acha que a revolta popular no Irã é "choro de perdedores". O Palhaço do Planalto, como muito bem o define Jorge Serrão, que está novamente visitando um exemplo de democracia — a Líbia do coronel Gadafi — onde encontrará seu amigão Ahmadinejah, teme que possa "virar moda" a deposição de presidentes que agem contra a constituição de seus países. Quem tem, tem medo! Para fugir um pouco das imagens repetidas dos militares hondurenhos "agredindo a população", recomendo a leitura que pode ser acessada nos enlaces abaixo  (sublinhados):
Bloglectores:
» Resistencia
» Sampedranos marchan contra el continuismo
» Se unen en defensa de la Constitución de Honduras
» Universitarios leen la Constitución al público
» “Uno no puede violar la Constitución”: Llorens
» “No nos vamos a detener ni nos van a intimidar”
» En cuarta urna no se ve aporte al bien común
» Honduras: Frente cívico para defender Constitución
» Amenazan a empresarios que no apoyan a Mel

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Desculpas e Piadas....

O deputado que se lixa foi uma espécie de porta-voz de muitos de seus colegas que também se lixam.
Renato Scapolatempore
renato.scapolatempore@uai.com. br
Do dia em que o presidente Lula foi à TV para dizer à nação que nada sabia sobre o esquema do mensalão até a semana passada, quando a imprensa começou a abrir mais uma caixa preta do Senado — a dos chamados atos secretos —, o Brasil já passou por mais de uma centena de escândalos políticos. Com eles, a população foi obrigada a ouvir também uma enxurrada de desculpas inconsistentes dos envolvidos, além de tentativas de explicar o que, para muitos, é inexplicável.
Algumas dessas desculpas são verdadeiros insultos à inteligência do cidadão, outras soam como piadas. No caso da farra das viagens internacionais — em que se descobriu que um grande número de parlamentares estava usando sua cota de passagens aéreas para bancar viagens ao exterior de esposas, filhos, amigos e namoradas —, surgiram pérolas como a do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP): Aqueles que se utilizaram das passagens, sem que houvesse regras claras e precisas a respeito, não estavam a cometer ilícito de qualquer natureza. Para muitos que ouviram esse discurso foi como se o deputado dissesse: todos que botaram a mão no dinheiro do contribuinte estão perdoados porque não havia normas sobre o assunto. A partir de agora, no entanto — porque a imprensa denunciou —, esse tipo de assalto fica proibido.
Da Câmara para o Senado, das viagens para os celulares, os brasileiros ouviram o senador Tião Viana (PT-AC) tentar explicar porque emprestou um dos celulares que a Casa põe a seu dispor (sem limite de gastos) para a sua filha mais velha levar numa viagem ao México, em janeiro passado. “Era a primeira vez que minha filha fazia uma viagem sozinha, por isso lhe emprestei o celular, para que eu pudesse localizá-la. Ela assumiu o compromisso de não fazer nenhuma ligação. O senador garante que pagou a conta dos telefonemas. Depois da desculpa, nada mais se questionou sobre a “lisura” de um senador usar o público em proveito próprio. Imagine o leitor se cada pai de família que embarca a filha em uma viagem sozinha pela primeira vez pedisse emprestado um celular do Senado para que a sua menina possa ser localizada.
Luciana Cardoso, filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e empregada no gabinete do senador Heráclito Fortes (DEM-PI) não usou celular público para falar com a família, mas também nem precisava. Ficava, como ela mesmo admitiu, trabalhando em casa sem bater ponto no Senado, embora recebesse salário de R$ 7,6 mil como secretária parlamentar. Ao ser questionada sobre o assunto, saiu com essa: Trabalho mais em casa, na casa do senador. Como faço coisas particulares e aquele Senado é uma bagunça e o gabinete é mínimo, eu vou lá de vez em quando”.
Ainda na bagunça do Senado, o ex-diretor-geral da Casa Agaciel Maia tentou justificar porque ocultou de sua declaração de bens uma mansão avaliada em R$ 5 milhões, registrada em nome do irmão. Meu erro foi fazer apenas um documento com o meu irmão. Como era um negócio fraterno, não tive a preocupação de ir a um cartório transferir a escritura, o que farei agora. Foi apenas um “pecado fraterno”, na avaliação do ex-diretor, que é acusado de cometer uma série de irregularidades ao longo dos muitos anos à frente do Senado.
Sinceridade que assusta
Por mais doloroso que pareça, no meio de todos os escândalos dos últimos tempos, o único que foi direto ao xis da questão e não quis ludibriar o cidadão com argumentos esfarrapados para explicar suas posições foi o deputado Sérgio Moraes (PTB-RS), ex-relator do processo contra o colega Edmar Moreira, o dono do castelo, no Conselho de Ética da Câmara. Ao ser questionado se não tinha medo da reação da opinião pública caso pedisse o arquivamento do processo contra Edmar Moreira, Moraes reagiu indignado:Estou me lixando para a opinião pública. Até porque a opinião pública não acredita no que vocês (jornalistas) escrevem. Nós nos reelegemos mesmo assim. O deputado que se lixa foi uma espécie de porta-voz de muitos de seus colegas que também se lixam — só não o dizem de peito aberto — e que, como o próprio Moraes afirmou, vão continuar se reelegendo.
Por falar em Edmar Moreira, depois que estouraram as denúncias envolvendo o seu nome, o deputado não criou nenhuma frase de efeito para tentar se explicar. No depoimento que deu no Conselho de Ética, em maio, para tentar se defender das acusações de que usou verba indenizatória irregularmente, ele disse, entre outras coisas, que estava sendo injustiçado — e caiu no choro. Certamente emocionou muitos brasileiros, satisfeitos que estão em pagar os salários dele e dos seus pares pelo “belo trabalho” legislativo que vêm fazendo.
Fonte: Estado de Minas - 22/6/09

Formando o Cidadão Socialista

Como se forma a "consciência do tudo pelo social" das novas gerações, utilizando o tema do ambientalismo e a propaganda massiva.
Como tudo quanto vês na TV ou nos jornais com relação a vários temas, portanto, não têm outro destino que te preparar para ser aquilo que burocratas querem que tu sejas e a agir como eles querem que tu ajas.
É isto que queres para tua vida?
por Klauber Cristofen Pires
Há pessoas que já vieram me perguntar qual a sugestão que um liberal tem a dar sobre questões tais como a ambiental, a energética ou sobre os transportes urbanos. Na mente delas, nossa atuação tem se resumido às críticas, e nos falta uma agenda específica para tratar de cada tema.
A resposta é simples, como é simples o pensamento liberal: deixemos estas coisas serem resolvidas por meio dos acordos livremente estipulados pelas pessoas. Isto é tudo.
Esta multiplicação de temas, na verdade, tem a ver com a visão de que tudo há de ser controlado por uma única cabeça. Precisa ser casuísta aquele que tudo quer controlar, já que precisa lidar com as infinitas variáveis da vida.
Quer saber por que a mídia e as ONG’s tanto querem te fazer economizar água, luz, parar de fumar, parar de comer carne vermelha, guardar sementes e cascas, selecionar o lixo, abandonar a sua arma e deixar o carro em casa?
É simples. Esta é a agenda que visa preparar o cidadão para a sociedade socialista que virá! E por que afirmo isto? Porque, em uma sociedade socialista, se há dez cabeças e nove chapéus, a opção do Estado é a mais óbvia: cortar uma cabeça!
Traduzindo: eles estão te preparando para ser um sujeito cujas demandas não sejam estipuladas por ti próprio, mas pelo Estado. Fazem isto porque são conscientes da incorrigível incompetência estatal em fornecer bens e serviços, mesmo que seja em regime de monopólio. Em forma de piada, o Estado é como um sujeito que, correndo sozinho, chega sempre em segundo lugar!
Note como estas coisas são, em geral, aquelas que são oferecidas pelo Estado. No Brasil, a luz, a água e o recolhimento de lixo são provenientes de empresas estatais ou empresas privatizadas, mas que — porca miséria — funcionam em regime de monopólio, o que equivale a dizer que são, quiçá, piores ainda! Os carros são fornecidos pelas empresas privadas, mas, e as ruas onde eles têm de rodar? ... chamem o Zé Buracão!
E a gasolina (ou aquela mistura indecifrável que nos vendem nos postos e que entope os bicos injetores)? Vem de onde? Da Petrobrás, claro, inchada por praticamente 100% de impostos e de programas sócio-educativo-cultural-ambientais que tu és obrigado a contribuir.
A prestação destes serviços é cronicamente deficiente, cheia de desperdícios, de preços “sociais”, de vazamentos, de impostos e, sobretudo, cara, deficiente e é também eternamente insuficiente.
Compare-os, por exemplo, com quantas pessoas hoje são contempladas com o acesso ao telefone celular ou à televisão, ou mesmo à comida, aos calçados e aos materiais de construção.
Em países socialistas como Cuba, praticamente não há apagões: há clarões! Isto porque a energia, o mais das vezes, é fornecida somente por algumas horas, o suficiente para assistir a uma novela brasileira vendida pela rede Globo a preços simbólicos, escovar os dentes (com os dedos, claro) e ir dormir. Querem mais exemplo de economia do que isto?
Aqui, querem fazer o mesmo, sugerindo às pessoas bizarrices tais como instalar interruptores temporizados nos chuveiros, niples redutores de vazão e aquelas porcarias de lâmpadas chinesas que vão te custar a saúde dos olhos, pela luz precária que irradiam e que juram durar mais de dez vezes mais! Também, igualmente, querem te adestrar ao te atribuir o trabalho de selecionar, gratuitamente, o lixo que, afinal, és tu quem paga pelo recolhimento! Amanhã, certamente, virão as multas aos renitentes.
Àqueles a quem o Estado proíbe de trabalhar por meio da legislação trabalhista, ele e onguistas vêm com cursos para lhes ensinar a aproveitar cascas, caroços e sementes, como se os propugnadores destas coisas não comemorassem na churrascaria mais próxima o sucesso de suas campanhas.
Quando vejo um destes programas educativos na TV, só o que me vêm à cabeça é a sugestão (ou teria sido “ordem”?) que fez o governo norte-coreano aos seus cidadãos, para que passassem a comer grama! Em Cuba, um mísero quilo de carne suína custa cerca de um mês e meio do salário de um daqueles coitados, e não poucas vezes a OMS interveio junto àquele governo para que aumentasse as calorias de sua “libreta” como forma de prevenir a grande incidência de nascituros com problemas advindos da avitaminose.
Como liberal, eu não me incomodo em separar o lixo, por exemplo, desde que isto signifique um desconto no preço pela empresa que pagaria para retirá-lo de minha casa. Eu disse preço, e não tarifa. Falo aqui de uma empresa de coleta de lixo que funcione em regime de livre concorrência. Também topo entregar a parte mais valiosa deste lixo por dinheiro. Se ele é valioso, tenho direito a vendê-lo, já que ele é minha propriedade.
Também não me incomoda economizar luz. Mas, em um regime de livre concorrência, as oportunidades de produção de energia elétrica são simplesmente infinitas, de modo que não me preocupa em quanto de energia eu tenho de economizar, mas sim quanto eu devo pagar por ela. Se, por qualquer motivo, estiver sendo difícil produzi-la, então é sensato economizá-la, desde que sairá mais cara. E isto é muito diferente daquelas campanhas ridículas que, no final do governo socialista de Fernando Henrique Cardoso, mostravam pessoas orgulhosas por terem transformado seus micro-ondas em dispensas ou seus liquidificadores em vasos de plantas.
O governo do socialista Fernando Henrique Cardoso, bem lembrado aqui, não investiu um centavo em produção de energia — e nem deixou ninguém investir — e, quando veio a crise do apagão, o Brasil sofreu uma queda do PIB que invalidou todas os pseudo-avanços acumulados desde o início do seu tão proclamado plano Real. Resultado: outra década perdida!
Da mesma forma, alguém ainda precisa me explicar porque é tão necessário economizar a água, um bem que não se destrói com o uso e que ocupa três quartos do nosso planeta. Matematicamente falando, que diferença faz entre a parcela de água que do rio desemboca no mar, daquela que eu desvio para meu consumo e que depois de passar pela minha pia e escorrer pelo ralo, acaba no mar do mesmo jeito?
Programas ridículos da TV querem convencer as pessoas a utilizar várias vezes a água da máquina de lavar e depois ainda por cima carregá-la por meio de intermináveis baldes (haja coluna!) para reaproveitá-la na limpeza de pisos. Ora, que eu entenda, não se está limpando nada assim, mas trocando uma sujeira por outra.
Em uma sociedade livre, não me importa de onde a água vem, se de um rio, de uma fonte subterrânea ou de uma usina de dessalinização, ou por qualquer outra tecnologia. O que interessa é que, ao necessitar dela, disponho-me a pagar um preço pelo seu fornecimento. É o preço que deve determinar se eu tenho de instalar redutores nas torneiras ou diminuir o meu tempo sob o chuveiro.
Finalmente, observe o comportamento dos produtos oferecidos pelo Estado, dos produzidos pelo mercado: a cada cacho de bananas que eu retiro da prateleira de um supermercado, outros mais serão repostos, e com melhor qualidade ou preço; enquanto que o dono do negócio privado me agradece a preferência e se esforça por oferecer seus produtos de uma forma mais eficiente, os produtores estatais repudiam seus consumidores, gastam milhões em propaganda para achincalhá-los e para ensinar-lhes a não se utilizarem dos seus serviços, perseguem-nos e aplicam-lhes multas, suspensões de fornecimento e às vezes, até cadeia, se eles, inconformados por tamanho excesso de atenção e gentileza, intentarem obter o que necessitam por conta própria.
Fonte: ViVerdeNovo

O Ruim é Bom...

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... para quem é pior. É a única explicação para Luís Inácio defender, sempre, o que não presta.
Luís Inácio, agora, resolveu defender os altos impostos, pois o Estado precisa ajudar os mais pobres. Segundo ele, é melhor distribuir entre os pobres do que diminuir a carga tributária. Aproveitou para criticar os empresários, em seu discurso hipócrita. "Amo os pobres, sinto repulsa pelos mais abastados." é o recado falso que envia ao povo ignorante que precisa lhe dar voto para sentir menos fome.
Como mente esse presiMente:
Em países mais adiantados com impostos também muito altos, o que arrecadam é usado em favor da população (não do pobre). Todos têm acesso a atendimento médico, hospitais decentes, boas escolas, o que não existe no Brasil, pois a maior parte dos recursos públicos são desviados. Ao contrário do que ele pretende que acreditem, o dinheiro da União não é distribuído aos pobres. Aqui, o governo engana o pobre com "farofa", enquanto sua vida continua tão pobre quanto antes. É a famosa calça de veludo com a bunda de fora, quando os desavisados acreditam que o sujeito tem e ele mesmo pensa que tem, mas não tem nada.
Luis Inácio fala como se apenas os empresários fossem vítimas da ganância política. Mas todos pagam impostos escorchantes, inclusive o pobre... só que não sabe. Os adoradores do presiMente dirão que isso não é problema, pois eles têm cesta básica. Mas duvido que uma família pobre, que geralmente tem muitos filhos para alimentar, possa viver o mês inteiro com essa esmola populista. Além disso, ao comprar um único pão francês, que não vem na cesta básica, o pobre já está pagando imposto .
Ao comprar açúcar, por exemplo, o pobre paga 40% de impostos. E o açúcar é um dos produtos mais consumidos pelo pobre, que adora tudo muito doce (talvez para a vida parecer menos amarga).
Resumindo: como os impostos não são devidamente repassados à população, se a carga tributária fosse menor, certamente o pobre não precisaria do governo para comer feijão com arroz por apenas alguns dias e não perderia a dignidade.
Sugiro distribuir, principalmente aos pobres, a tabela de impostos cobrados pelo Governo, que está na próxima página (abaixo). Sem esquecer de pedir que levem a tabela em baixo do braço toda vez que for ao mercadinho da esquina ou até mesmo ao Supermercado que oferecer maravilhosas promoções.

As informações sobre essa escandalosa tributação consegui com a ajuda do Blog de um de vocês. Não tive o cuidado, na hora, de deixar anotado, mas se o autor da colaboração se manifestar agradeço e ainda fico devendo.
Um ou outro ítem talvez não esteja atualizado, mas no geral é isso aí mesmo. Não descobri quanto é pago de imposto pelo pão francês. Se alguém souber, agradeço de novo.

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ARTIGOS DIVERSOS

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Sabendo que os impostos que pagamos são desviados de maneira tão indecente, dá vontade de fazer greve de fome. E os 83% sobre a cachaça é motivo para não haver mais nenhum bebum no país... a não ser Luís Inácio que bebe às nossas custas.
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Lista de tributos brasileiros (impostos, contribuições, taxas, contribuições de melhoria)
1. Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM - Lei 10.893/2004
2. Contribuição á Direção de Portos e Costas (DPC) - Lei 5.461/1968
3. Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT - Lei 10.168/2000
4. Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), também chamado "Salário Educação" - Decreto 6.003/2006
5. Contribuição ao Funrural
6. Contribuição ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) - Lei 2.613 de 1955
7. Contribuição ao Seguro Acidente de Trabalho (SAT)
8. Contribuição ao Serviço Brasileiro de Apoio a Pequena Empresa (Sebrae) - Lei 8.029/1990
9. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Comercial (SENAC) - Decreto-Lei nº 8.621 de 1946
10. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado dos Transportes (SENAT) - Lei 8.706 de 1993
11. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI) - Lei 4.048/1942
12. Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Rural (SENAR) - Lei 8.315/1991
13. Contribuição ao Serviço Social da Indústria (SESI) - Lei 9.403/1946
14. Contribuição ao Serviço Social do Comércio (SESC) - Lei 9.853/1946
15. Contribuição ao Serviço Social do Cooperativismo (SESCOOP) - art. 9, I, da MP 1.715-2 de 1998
16. Contribuição ao Serviço Social dos Transportes (SEST) - Lei 8.706/1993
17. Contribuição Confederativa Laboral (dos empregados)
18. Contribuição Confederativa Patronal (das empresas)
19. Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE Combustíveis - Lei 10.336/2001
20. Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE Remessas Exterior - Lei 10.168 de 2000
21. Contribuição para a Assistência Social e Educacional aos Atletas Profissionais - FAAP - Decreto 6.297/2007
22. Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - Emenda Constitucional 39 de 2002
23. Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional – CONDECINE - art. 32 da Medida Provisória 2228-1/2001 e Lei 10.454/2002
24. Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública - art. 32 da Lei 11.652/2008.
25. Contribuição Sindical Laboral (não se confunde com a Contribuição Confederativa Laboral, vide comentários sobre a Contribuição Sindical Patronal)
26. Contribuição Sindical Patronal (não se confunde com a Contribuição Confederativa Patronal, já que a Contribuição Sindical Patronal é obrigatória, pelo artigo 578 da CLT, e a Confederativa foi instituída pelo art. 8, inciso IV, da Constituição Federal e é obrigatória em função da assembléia do Sindicato que a instituir para seus associados, independentemente da contribuição prevista na CLT)
27. Contribuição Social Adicional para Reposição das Perdas Inflacionárias do FGTS - Lei Complementar 110/2001
28. Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS)
29. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
30. Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional (OAB, CRC, CREA, CRECI, CORE, etc.)
31. Contribuições de Melhoria: asfalto, calçamento, esgoto, rede de água, rede de esgoto, etc.
32. Fundo Aeroviário (FAER) - Decreto Lei 1.305/1974
33. Fundo de Combate à Pobreza - art. 82 da EC 31/2000
34. Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (FISTEL)-Lei 5.070/66 com novas disposições da Lei 9.472/1997
35. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)
36. Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) - art. 6 da Lei 9.998 de 2000
37. Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização - Fundaf - art.6 do Decreto-Lei 1.437/1975 e art. 10 da IN SRF 180/2002
38. Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) - Lei 10.052 de 2000
39. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)
40. Imposto sobre a Exportação (IE)
41. Imposto sobre a Importação (II)
42. Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA)
43. Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
44. Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR)
45. Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR - pessoa física e jurídica)
46. Imposto sobre Operações de Crédito (IOF)
47. Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)
48. Imposto sobre Transmissão Bens Inter-Vivos (ITBI)
49. Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD)
50. INSS Autônomos e Empresários
51. INSS Empregados
52. INSS Patronal
53. IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
54. Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP)
55. Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro
56. Taxa de Avaliação in loco das Instituições de Educação e Cursos de Graduação - Lei 10.870 de 2004
57. Taxa de Classificação, Inspeção e Fiscalização de produtos animais e vegetais ou de consumo nas atividades agropecuárias - Decreto-Lei 1.899/1981
58. Taxa de Coleta de Lixo
59. Taxa de Combate a Incêndios
60. Taxa de Conservação e Limpeza Pública
61. Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA - Lei 10.165/2000
62. Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos - Lei 10.357/2001, art. 16
63. Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e federais)
64. Taxa de Fiscalização da Aviação Civil - TFAC - Lei 11.292/2006
65. Taxa de Fiscalização da Agência Nacional de Águas – ANA - art. 13 e 14 da MP 437/2008
66. Taxa de Fiscalização CVM (Comissão de Valores Mobiliários) - Lei 7.940/1989
67. Taxa de Fiscalização de Sorteios, Brindes ou Concursos - art. 50 da MP 2.158-35/2001
68. Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária - Lei 9.782/1999, art. 23
69. Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados pelo Exército Brasileiro - TFPC - Lei 10.834 de 2003
70. Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar - TAFIC - art. 12 da MP nº 233/2004
71. Taxa de Licenciamento Anual de Veículo
72. Taxa de Licenciamento, Controle e Fiscalização de Materiais Nucleares e Radioativos e suas instalações - Lei 9.765/1998
73. Taxa de Licenciamento para Funcionamento e Alvará Municipal
74. Taxa de Pesquisa Mineral DNPM - Portaria Ministerial 503/1999
75. Taxa de Serviços Administrativos – TSA – Zona Franca de Manaus - Lei 9.960/2000
76. Taxa de Serviços Metrológicos - art. 11 da Lei 9.933/1999
77. Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo (CNP)
78. Taxa de Outorga e Fiscalização - Energia Elétrica - art. 11, inciso I, e artigos 12 e 13, da Lei 9.427/1996
79. Taxa de Outorga - Rádios Comunitárias - art. 24 da Lei 9.612/1998 e nos art. 7 e 42 do Decreto 2.615/1998
80. Taxa de Outorga - Serviços de Transportes Terrestres e Aquaviários - art. 77, incisos II e III, a art. 97, IV, da Lei 10.233/2001
81. Taxas de Saúde Suplementar - ANS - Lei 9.961/2000, art. 18
82. Taxa de Utilização do SISCOMEX - art. 13 da IN 680/2006.
83. Taxa de Utilização do MERCANTE - Decreto 5.324/2004
84. Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais)
85. Taxa Processual Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE - Lei 9.718/1998.
Fonte: A Casa da Mãe Joana
COMENTO: A bem da verdade, boa parte das diversas formas de extorsão listadas acima não são obra do desgoverno petista. Me dei ao trabalho de marcar em vermelho a legislação que estipulou algumas, nos governos de PSDB/PT, as duas faces da mesma moeda comunista. Some-se à lista acima os gastos com plano de saúde, colégio particular para garantir uma educação razoável a seus filhos, pedágios para melhoria de estradas, segurança privada (os que podem) ou a "gorjeta" das milícias (para o "resto"), plano de previdência complementar e outras necessidades que deveriam ser proporcionadas A TODOS pelo governo e temos uma idéia do assalto a que somos submetidos diariamente.
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Bronca é Ferramenta de Otário!

por Jorge Serrão
O “milagre” era mais que previsível. Dilma Rousseff já está completamente curada do câncer linfático. O caminho para suceder Lula continua livre — a não ser que algum linfoma político atrapalhe. Agora, o Bolcheviquepropagandaminister é mais que nunca o dono da bola. Se a crise econômica se agravar — tudo indica que tem tudo para — isso só deve acontecer pra lá de 2011. A turma do Palhaço do Planalto só precisa ficar esperta. Depois do milagre às vezes vem o malogro.
Como o azar já está lançado, o próximo passo da marketagem política da sucessão também é absolutamente previsível. O chefão Lula vai aproveitar algum “grande encontro com os simplórios”, em alguma inauguração 171 do PACo, para proclamar:Agradeço as orações do meu povo, unido, pela cura da nossa amada mãe Dilma. E como a voz do povo é a voz de Deus, a reza e os votos do povo também são divinos, o negócio é eleger a Dilma primeira presidenta do Brasil”.
Quem precisa da ajuda de Deus, com urgência, é José Sarney de Araújo Costa. O filho de Sarney de Araújo Costa e de Kiola Ferreira de Araújo Costa é especialista em milagres. Sarney sequer nasceu Sarney. Foi batizado originalmente como José Ribamar Ferreira de Araújo Costa. Mas, em 1965, por marketagem política, mudou para seu atual nome. Afinal, desde 1958, membro da “Banda de Música” da UDN, ele era conhecido como "Zé do Sarney". Isto é, José filho de Sarney.
Pois, agora, o imortal Sarney enfrenta problemas com seu passado. Adversários extremamente desleais resolveram destronar o poderoso senhor feudal do Maranhão, com ramificações pelo Amapá e adjacências da Ilha da Fantasia. Nessa ação conspiratória, resolveram mexer no santo passado do velho Zé do Sarney e seus familiares. Aliás, domingo passado, o infame macaco José Simão advertiu que Sarney seria indiciado por formação de família!
O Alerta Total já avisou que, nos bastidores do Senado, circulam mega-revelações sobre benefícios que Sarney angariou, para sua família, nos tempos em que foi presidente por acidente (1985-90). Os cabras malvados ameaçam remexer em um suposto empréstimo que algum Sarney pegou no BNDES, em nome de alguns empregados. A tal dívida teria acabado perdoada, porque não se tinha de quem cobrar.
Verdade? Mentira? Ou pura intriga da oposição? O fato é que os adversários ameaçam Sarney com tais revelações. Jogam para forçá-lo a renunciar. Acontece que Sarney não pretende largar o osso. Sua resistência é minada. Sarney nunca esteve tão fraco. Por isso, tudo pode acontecer esta semana.
A turma do Sarney foi vítima de um erro estratégico. Arrumaram briga com inimigos sem noção de limite na hora de se vingar. Tudo vazou sobre Sarney graças a uma vingança. Foi atribuído ao pessoal de Sarney — justa ou injustamente — a inconfidência de que o adversário deles na disputa pelo Senado, Tião Viana (PT-AC) emprestou o celular funcional do Senado para a filha viajar, durante 20 dias, pelo México. A conta telefônica foi de R$ 14.758,07 — que o zeloso pai foi obrigado a depositar na conta da administração do Senado, depois que o escandalozinho veio à tona.
Tião foi ríspido em sua reação. Primeiro, verbalmente, fazendo referência ao dinheiro apreendido pela Polícia Federal, que seria usado na pré-campanha presidencial de Roseana Sarney, em 2002: “Se querem me intimidar com isso, quero deixar claro que, pela minha filha, respondo eu. Felizmente, ela não tem sobre a mesa R$ 2 milhões e nem tem a Polícia Federal à sua volta”. Mas a verdadeira reação vingativa de Tião contra o Zé do Sarney teria sido o vazamento, na surdina, de todos os rolos que agora explodem o Senado.
Nada teria vindo à tona se os briguentos tivessem seguido um cuidadoso ensinamento de um influente e falecido membro do parlamento brasileiro. Sempre que algum assessor mais brabo pensava em arrumar uma confusão com algum adversário ou inimigo, o deputado Luiz Eduardo Magalhães (filho do também falecido ACM, que cultivava uma relação de aliança e ódio com Sarney) costumava pontificar um de seus “provérbios” preferidos, para desaconselhar qualquer começo de uma briga sem fim:
“Bronca é ferramenta de otário”...
Eis um conselho útil para o Brasil, um País de tolos e muitos otários — sobretudo na política.
Fonte:  Alerta Total

domingo, 28 de junho de 2009

A Opinião Sobre os Militares é Pessoal ...

... e aceito contestação.
Os militares foram apontados como grandes vilões por muito tempo e até hoje ainda são vistos assim por muitas pessoas. Mesmo quem teve uma vida tranquila na época — bem mais tranquila que hoje — sempre foi induzido a criticar o regime militar.
Ninguém se atreve a contestar o 'politicamente correto', por medo de não ser aceito pela sociedade, mesmo que manipulada.
Ser politicamente correto é obrigação, um dos motivos que nos levam a simpatizar com os gays que esfregam suas preferências sexuais acintosamente na nossa cara (alguém já viu um hetero sair pelas ruas exibindo suas preferências?). Somos obrigados a sentir pena dos meninos de rua que vêm pedir um trocado para comprar crack, com medo da crítica "você é uma pessoa má, que não tem respeito pelos direitos humanos". O mesmo menino que mais tarde será seu próprio assaltante ou assassino. Lembram do caso da Candelária, quando aquela boa moça, defensora dos pobres e oprimidos foi assassinada por um deles?
Os militares não são covardes nem coniventes com esse lixo político. Eles foram acuados por uma opinião maciça, formada por intelectuais e divulgadas insistentemente. O brasileiro, que não se atreve a ir contra ideias impostas, nega o espaço aos militares.
E quem não se lembra do Pasquim e da atuação de Ziraldo, que se fartou às custas do governo militar? Ziraldo ganhou mais de um milhão de indenização por 'perseguição política' aos jornalistas, na época da ditadura, e prestação mensal de mais de quatro mil reais até o fim de sua vida. Ao ser criticado por tal benesse, Ziraldo disse: "Eu quero que morra quem está criticando. Porque é tudo cagão e não botou o dedo na seringa." Bem, que eu saiba, Ziraldo nunca foi enfermeiro. ... Além disso, o intelectual Ziraldo se trai quando deseja a morte de quem critica. Logo ele que ganhou fama ao gritar pela liberdade, principalmente a liberdade de expressão.
Mas e o Bóris Casoy que, há pouco tempo, no governo Lula, foi afastado de seu programa num jornal da TV por seus comentários contra o governo? Ele também terá, mais tarde, direito à anistia?
Os militares foram acuados por uma sociedade falsamente democrática.
Ser politicamente incorreto deve ser motivo de orgulho.

Guerrilha do Araguaia - Discurso do Cel Lício

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Discurso do Coronel Lício Augusto Maciel na Câmara dos Deputados, em Sessão Solene ocorrida no dia 26 Jun 2005, sobre a guerrilha do Araguaia:
Sr. Presidente, Srs. Congressistas, demais autoridades presentes, minhas senhoras, meus senhores, não é preciso dizer da minha emoção por ter encontrado aqui velhos companheiros de luta, que ainda a estão levando à frente.
Como participante dos acontecimentos que passo a relatar, fiz um resumo dos itens mais perguntados; apenas como itens porque a dissertação será a rememoração dos fatos. Para isso, tirei os óculos, a fim de que aqueles que vou citar me olhem bem no fundo dos olhos e tenham suficiente coragem de afirmar, se for preciso, que tudo o que foi dito aqui é a pura verdade. Se bem que não há necessidade, porque eles mesmos já confirmaram em outras ocasiões.
O primeiro item selecionado se refere à razão da minha escolha para a missão de descobrir o local da guerrilha, que hoje se diz Guerrilha do Araguaia.
Em 1969, após a morte do terrorista Mariguella, em São Paulo, em seus documentos foram feitas várias citações sobre o local da grande área: grande área de treinamento de guerrilha.
Eu estava chegando a Brasília em 1968, já pela segunda vez. No meu passado, em 1954, fiz o curso de pára-quedista e, em seguida, o curso de Forças Especiais da Divisão de Pára-Quedistas, e especializei-me na modalidade Guerra na Selva. Posteriormente, o curso de Operações Especiais foi desenvolvido com outras modalidades e, em seguida, foi criado o Centro de Instrução de Guerra na Selva, CIGS.
Detentor do curso de Forças Especiais e considerado, à época, o elemento com credenciais para desenvolver as operações de selva, percorri milhares de vezes a rodovia Belém-Brasília, de Brasília a Belém, estrada pioneira de barro. Eu e minha equipe, de 3 ou 4 homens, chegamos à conclusão, por indícios, de que a Guerrilha do Araguaia estava naquela área, entre o Bico do Papagaio, Xambioá, Marabá, Tocantinópolis e Porto Franco.
O fato, porém, que nos permitiu chegar à área foi a prisão, em Fortaleza, do guerrilheiro Pedro Albuquerque. Naturalmente, ele está olhando para mim, e eu estou olhando para a câmera, para que olhe no fundo dos meus olhos e confirme que o que eu estou dizendo é verdade. Pedro Albuquerque foi preso quando tentava tirar documentos em Fortaleza. Recolhido ao xadrez, ele tentou suicídio cortando os pulsos. A sentinela, por acaso, passou, viu, deu o alarme e ele foi levado para um hospital da guarnição.
Recuperado o documento de que ele falou, o documento resultante das declarações de Pedro Albuquerque foi enviado diretamente de Fortaleza para Brasília e chegou às mãos do General Bandeira, que imediatamente mandou buscar o preso. Enquanto eu preparava a equipe, o preso chegou, foi incluído na minha equipe, e partimos, junto com Pedro, para o local onde ele dizia que era o inicial: Xambioá.
Chegamos ao Rio Araguaia, pegamos uma canoa grande, com motor de popa, fomos até ao local de Pará da Lama. Pedro deve lembrar muito dele: era uma picada ao longo da floresta no sentido do Xingu. Andamos o dia inteiro. Chegamos ao anoitecer na casa do último morador, com o Pedro sendo levado por nós, livre. Não estava algemado, amarrado ou coisa assim. Ele foi acompanhando nossa equipe. Há várias testemunhas desse episódio aqui presentes, as quais não vou citar, que fizeram parte da minha equipe.
Chegamos à casa de Antônio Pereira, pernoitamos no campo, nos telheiros e, no dia seguinte, às 4h, prosseguimos em direção ao local onde Pedro Albuquerque indicou. Ao chegarmos lá, avistamos três homens, isto é, três elementos, sendo uma mulher, descansando para almoço, presumo. Aproximamo-nos do local só para conversar com eles, para saber o que eles estavam fazendo lá. Eram três e, no nosso grupo, havia seis; então, não tinha problema. Eles fugiram. Chegamos ao local. Fiquei inteiramente abismado com o estoque de comida, de material cirúrgico; havia até oficina de rádio; 60 mochilas de lona, costuradas no local em máquina industrial grande, que tive o prazer de jogar no meio do açude. Tocamos fogo em tudo e voltei sem fazer prisioneiro.
Ora, em qualquer situação, teríamos atirado naqueles homens. Estávamos a 80 metros, um tiro de fuzil os atingiria facilmente. Eles estavam sentados. Mas nosso objetivo não era matar, não era trucidar. Nosso objetivo era saber o que eles estavam fazendo lá. De acordo com Pedro Albuquerque, eram guerrilheiros. Estavam na área indicada por Pedro Albuquerque, que viu toda a operação.
Como disse, destruímos todos os seus aparelhos; metralhamos uma grande quantidade de frutas - melancia, jerimum e muitas outras coisas. Ficamos inteiramente impressionados com a quantidade de comida que havia lá, várias sacas de arroz; havia até oficina de rádio com equipamentos sofisticados. Era uma oficina rústica, não era como bancada de laboratório da cidade, mas funcionava. O gerador, lá atrás, também funcionava.
Voltamos. Deixamos o pessoal fugir, claro. E o Pedro Albuquerque retornou com dois companheiros nossos e foi recolhido ao xadrez de Xambioá. Continuamos nossa missão. Como os três elementos fugitivos avisaram para o resto do grupo do Destacamento C, mais ao sul, em frente a São Geraldo do Araguaia, que estávamos indo para lá, ao chegar lá nós os vimos fugindo com muita carga, até violão levavam. Eles estavam se retirando do Destacamento C, do Antônio da Dina e do Pedro Albuquerque.
Pedro Albuquerque nos levou até o Destacamento C, onde havia estado. Ele fugiu porque os bandidos exigiram que ele fizesse um aborto em sua mulher, que estava grávida. Eles não se conformaram com a ordem, principalmente porque outra guerrilheira grávida tinha sido mandada para São Paulo para ter o filho nas mordomias daquela cidade. Ela era casada com o filho do chefe militar da guerrilha, Maurício Grabois.
Pedro, você está me escutando? Você deve-se lembrar de que declarou isso: que você fugiu porque obrigaram sua mulher a fazer um aborto.
Nós estávamos perseguindo esse grupo e estávamos avançando. Embora chovesse bastante, estávamos nos aproximando. Eles resolveram soltar a carga que estavam levando, e o guia, morador da área, me disse: "Agora, nós não vamos pegar eles porque estão fugindo para a gameleira". E demos uma meia parada, nessa destruição do equipamento deles, quando pressentimos a vinda de alguém na trilha. Nós estávamos andando no meio da mata e esse elemento vinha pela trilha. Nós nos agachamos e, nisso, veio aquele elemento forte, com chapéu de couro, mochila nas costas e facão na cintura. Então, quando ele chegou no meio do nosso grupo, eu dei a ordem: Prendam esse cara!
Não sei, não posso me lembrar, se foi o Cid ou se foi o Cabo Marra que pegou o Genoino. Esse elemento era o Geraldo, posteriormente identificado como Genoino - que naturalmente está me olhando agora. E eu tirei os óculos justamente para ele me reconhecer, porque da minha cara ninguém esquece, principalmente com aquela cara que eu estava na mata, depois de vários dias passando fome e sede, sujo, cheio de barba. Mas é a mesma cara. É o mesmo olhar da hora em que eu encarei ele e disse: "Seu mentiroso! Confesse! Você não tem mais alternativa".
Por que eu descobri que o Genoino era guerrilheiro? Ele se dizia Geraldo e se dizia morador da área. Claro: elemento na área, suspeito, eu mandei deter. Mesmo algemado e com tudo nas costas, uma mochila pesada e grande, ele fugiu. O Cabo Marra deu três tiros de advertência, e ele parou. Mas não parou por causa da advertência, parou porque se emaranhou no cipoal, e o pessoal foi pegá-lo.
Eu perguntei: Por que você está fugindo? Nós apenas estamos querendo conversar com você. Para você não fugir, vamos ter de algemá-lo. "Eu sou morador" - disse ele.
Eu deixei o pessoal especializado em inquirição conversando com o Genoino, até então Geraldo. O pessoal - inclusive está presente um desses companheiros, o Cid - conversou bastante tempo com o Genoino, quando o Cid veio a mim e disse: "Comandante, não tem nada, não". Está bom - respondi. Como eu já estava há muito tempo no mato, já tinha resolvido, intimamente, levar o Genoino preso para Xambioá, mas não disse que essa era minha determinação. Peguei a mochila dele.
Havia um elemento na minha equipe que era especialista em falar com o pessoal da área - já falecido -, um elemento excepcionalmente bom. Rendo minhas homenagens a João Pedro do Rêgo. (Palmas.) O João Pedro, apelidado por nós de Jota Peter ou Javali Solitário, onde estiver estará escutando. João Pedro era um homem que falava com o matuto, com o pessoal da área, porque eu, na minha linguagem urbana, não era entendido nem entendia o que eles falavam. O Javali veio a mim e disse: "Ele não tem nada. É morador da área". E disse-me o que tinha lhe dito.
Eu, como homem de selva, peguei a mochila do Geraldo e comecei a abri-la. Tirei pulôver, rede e um bocado de bagulho da mochila do Geraldo, quando encontrei um tubo de remédio no fundo da mochila. Ao pegar aquele tubo e olhar para o Genoino, vi que ele estava lívido, pálido. Eu ainda lhe disse: Companheiro, fique tranqüilo porque nós não vamos fazer nada com você, você é morador da área. E abri o tubo. Lá encontrei material típico de sobrevivência - linha de pesca fina, anzóis. Era material típico de sobrevivência. Como eu havia feito um curso e só sabia teoricamente sobre o assunto, interessei-me por aquele exemplo prático, em um local de difícil acesso na selva amazônica. À medida que eu ia puxando aquelas linhas, o Genoíno - aliás, o Geraldo - ia ficando mais desesperado. E quando eu tirei o tubo, olhei para ele, e ele estava branco como papel. E lá no fundo eu vi um papel pautado, de caderneta, dessas que todo dono de bodega na área anotava as suas vendas. Cortei uma talisca do meu lado, puxei o papel e lá estava a mensagem do Comandante do Grupamento B da Gameleira, o Osvaldão, para o Comandante do Grupamento C, Antônio da Dina. Estava lá a mensagem que o Genoino transportava para o Antônio da Dina. Era uma mensagem tão curta que ele, como bom escoteiro que era, poderia ter decorado, porque até hoje, mais de 30 anos passados, eu me lembro do que dizia essa mensagem, mas eu quero que ele mesmo diga o que constava nessa mensagem. Era uma dúzia de palavras em linguajar militar, de próprio punho do Osvaldão, que era o Comandante do Grupamento B da Gameleira, o grupamento mais perigoso da guerrilha, como constatamos no desenrolar das lutas. Foi o grupo que matou o primeiro militar na área. Antes de qualquer pessoa morrer, o grupo do Osvaldão matou o Cabo Rosa, Odílio Cruz Rosa. Depois de esse Odílio Cruz Rosa ser morto, eles mataram mais 2 sargentos e fizeram muito mal aos militares que nada sabiam até então. Só quem sabia era o pessoal de informações. E eu era da área de informações, embora eu operasse à paisana.
Então, o Genoino foi mandado para Xambioá preso. A essa altura ele já deixou de ser detido para ser preso, e disse tudo sobre a área. Quando eu olhei para ele e disse: Você não tem mais alternativa porque aqui está a mensagem. Ele disse: "Eu falo". Eu disse: É bom você falar. Genoino, olhe no meu olho, você está me vendo. Eu prendi você na mata e não toquei num fio de cabelo seu. Não lhe demos uma facãozada, não lhe demos uma bolacha - coisa de que me arrependo hoje. (Palmas.)
Um elemento da minha equipe, fumador inveterado, abriu um pacote de cigarro, aproveitou aquele papel branco do verso, pegou um toco de lápis não sei de onde, e o João Pedro começou a anotar o que o Genoino falava fluentemente - nervoso como estava, começou a falar.
Eu me levantei do chão, fui até um córrego próximo beber um pouco d'água. Voltei, o papel estava cheio, com toda a composição da Guerrilha - nomes, locais, Grupo C, ao sul; Grupo B, da Gameleira, perto de Santa Isabel; e Grupo A, perto de Marabá. Eram esse os 3 grupos efetivos, em que se presumiam 30 homens por grupamento, além de um grupo militar comandado por Maurício Grabois.
Peguei aquele papel e ainda comentei com ele: Pô, meu amigo, tu és um cara importante desse negócio aí, hein? E mandei o Geraldo para Xambioá. Ele foi recolhido ao xadrez, posteriormente enviado a Brasília; em seguida, 3 ou 4 dias depois, não me lembro, veio o veredicto da identificação: o guerrilheiro Geraldo era o José Genoino Neto, presente em frente ao vídeo, olhando para os meus olhos - eu sempre tive olhos arregalados; não foi só lá na mata, não. Os meus olhos sempre foram arregalados, principalmente em combate.
Triste notícia veio depois. O grupo do Genoino prendeu um filho do Antônio Pereira, aquele senhor humilde, que morava nos confins da picada de Pará da Lama, a 100 quilômetros de São Geraldo. O filho dele era um garoto de 17 anos, que eu não queria levar como guia, porque ao olhar para ele me lembrei do meu filho que tinha a mesma idade. Então, eu disse ao João: Não quero levar o seu filho. Eu sabia das implicações, ou já desconfiava.
O pobre coitado do rapaz nos seguiu durante uma manhã, das 5h até o meio-dia, quando encontramos os três nos aguardando para almoçar. Pois bem. Depois que nos retiramos, os companheiros do José Genoino pegaram o rapaz e o esquartejaram.
Genoino, aquele rapaz foi esquartejado! Toda a Xambioá sabe disso, todos os moradores de Xambioá sabem da vida do pobre coitado do Antônio Pereira, pai do João Pereira, e vocês nunca tiveram a coragem de pedir pelo menos uma desculpa por terem esquartejado o rapaz! Cortaram primeiro uma orelha, na frente da família, no pátio da casa do Antônio Pereira; cortaram a segunda orelha; o rapaz urrava de dor; a mãe desmaiou. Eles continuaram, cortaram os dedos, as mãos, e no final deram a facada que matou João Pereira.
Esse relatório está no Centro de Instrução Especializada - CIE, porque foi escrito por mim, e eles não abrem para os historiadores com medo de que o relato apareça.
Pois bem. Eles fizeram isso porque o rapaz nos acompanhou durante 6 horas, para servir de exemplo aos outros moradores, de forma que não tivessem contato com o pessoal do Exército, das Forças Armadas.
Foi o crime mais hediondo de que eu soube. Nem na Guerra da Coréia e na do Vietnã fizeram isso. Algo parecido só encontrei quando trucidaram o Tenente Alberto Mendes Júnior. O Tenente se apresentou voluntariamente para substituir dois companheiros que estavam feridos. A turma do Lamarca pegou o rapaz, trucidou-o, castrou-o e o obrigou a engolir os órgãos genitais. O crime contra o João Pereira foi muito mais grave, muito mais horrendo. E eles sabem disso.
Peçam desculpas ao Antônio Pereira, se ele estiver vivo! Tenham a coragem de reconhecer que toda a Xambioá sabe disso!
Genoino preso e identificado, a Guerrilha prossegue. Depois de matar o João Pereira, eles mataram o Cabo Odílio Cruz Rosa; depois do Rosa, eles mataram dois sargentos; depois dos dois sargentos, eles atiraram no Tenente Álvaro, que deve contar a história. Como estou contando a história aqui, Álvaro, conte a sua história.
Na minha versão, o Álvaro deu voz de prisão ao bandido, eles atiram. Outro que estava atrás atirou nas costas do Álvaro, arrancando-lhe a omoplata. Depois desse ferido, houve vários feridos, e finalmente eu fui ferido e tive que sair da área.
Porém, antes, as tropas do Exército saíram da área, vendo que aquele era um movimento mais grave, mais planejado - planejado em Cuba, com as mentes que todos estamos vendo. Sabemos como funciona a mente de um comunista. Um comunista tranqüilo, sem arma na mão, tudo bem. Aquilo é o que ele pensa, e a nossa democracia permite isso. Mas aquele que pega em arma tem de ser trucidado. Um homem que entra numa mata para combater em nome de um regime de Fidel Castro, esse cara tem que ser morto! (Palmas.)
A Operação Sucuri fez um levantamento de informações: de que se tratava, qual o valor do inimigo, onde ele estava, enfim, todos os itens necessários para que fosse elaborada uma ordem de operações para o combate da Guerrilha. Isso durou 5 ou 6 meses. Já existe literatura muito boa a respeito.
Elementos militares descaracterizados, à paisana, foram postos dentro da mata, desarmados, com identidade falsa, ao lado dos bandidos. Qualquer um de nós, em sã consciência, reconhece que esses homens são uns heróis. Se me derem uma arma eu vou lá caçá-los de novo hoje. Mas, naquela época, se me tirassem as armas e me botassem na mata, não sei não. No ímpeto da juventude, talvez eu fosse, como eles foram. Eram capitães, tenentes e sargentos.
Terminada a Operação Sucuri, já sabíamos de que se tratava, confirmadas todas ou quase todas as informações que o Genoino tinha dado. Três grupos, comando militar e a chefia em São Paulo, sob o comando de João Amazonas - que fugiu da área ao primeiro tiro. Grande valentia! Herói, João Amazonas! João Amazonas fugiu da área ao primeiro tiro, junto com Elza Monnerat. Deixou lá garotos, estudantes e os fanáticos comunistas, tipo Maurício Grabois, que influenciou seu filho, André Grabois, o personagem central do evento que vou relatar agora.
O combate contra o grupo militar da Guerrilha foi comandado por André Grabois. E a esposa dele, a Criméia, que talvez esteja me olhando, diz que houve uma emboscada. Não houve emboscada. Como o Exército saiu da área para fazer operação de informações, a Operação Sucuri, eles cantaram vitória: "Seu Exército é de fritar bolinho". Muito bem, fritamos bolinho.
Já estava na área e recebi a seguinte ordem: "Vá à região de São Domingos a pé, porque de viatura não se chega lá. Eles destruíram uma ponte na Transamazônica."
Eu peguei a minha equipe e fui para São Domingos. Atravessei o rio. A ponte estava destruída, mas atravessei a vau. Cheguei a São Domingos, o quartel estava incendiado. Ao alvorecer daquele dia - se não me engano, 10 de outubro de 1973 -, eles destruíram e incendiaram o quartel. Deixaram todos os militares nus, inclusive o tenente comandante do destacamento, e pegaram todo o armamento, toda a munição, todo o fardamento. Entraram na mata e deixaram um recado: "Não ousem nos seguir, porque o pau vai quebrar".
Infelizmente, Criméia, seu marido morreu por isso.
Pude ver as suas pegadas bem nítidas, porque eles estavam carregados com cunhetes de munição, fuzis da PM, revólveres, e foi fácil seguir o grupo.
No terceiro dia, para resumir, houve um encontro. Eles estavam tão certos de que o Exército não iria lá que estavam caçando porcos. Às 6 da manhã, eu escutei o primeiro tiro e o grito dos porcos. Às 15 horas houve o combate. Vejam bem o espaço de tempo: de 6 da manhã às 15 horas.
Eu estava a menos de 10 metros do primeiro homem, que era o comandante do grupo, André Grabois, filho de Maurício Grabois. Ele estava sentado, com o gorro da PM que tomou do tenente na cabeça, e vi que tinha a arma na mão. Olhei para os meus companheiros, que vinham rastejando, e perguntei: Será que vamos encontrar um bando de PMs aí? Olhei, eles entraram em posição, e eu me levantei. Quase encostei o cano da minha arma em André Grabois: Solte a arma. Ele deu aquele pulo, e a arma já estava na minha direção. Não deu outra. Os meus companheiros, que chegavam, acertariam o André, caso eu tivesse errado, o que era muito difícil, pois estava a um metro e meio, dois metros dele.
Foi destruído o grupo militar da Guerrilha. Todos eram formados na China, em Pequim, em Cuba. Não me lembro do nome de todos, mas citarei alguns: André Grabois; o pai, Maurício Grabois, que mandou o filho fazer curso em Cuba; o Calatroni, o Nunes. O João Araguaia se entrincheirou atrás de um tronco de árvore e não se mexeu, depois do tiroteio, saiu correndo, sem arma. Ninguém atirou no João Araguaia porque ele estava sem arma. O Nunes estava gravemente ferido, mal falava e, quando o fazia, o sangue corria pela boca, mas ele conseguiu dizer a importância do grupo e citou os nomes - não sei se nome ou codinome - de todos eles: o Zequinha, ele disse: esse é o André Grabois. Estava morto.
Esse foi o primeiro combate de valor contra os guerrilheiros, mas foram desmoralizados. Eles diziam para os soldados não entrarem na mata porque os oficiais não entravam. Ora, o próprio acampamento dos militares ficava no meio da selva.
Em seguida, ocorreu o incidente do dia 23 de outubro, 10 dias depois. Continuando na perseguição ao bando, encontramos pegadas nítidas no chão de um grupo numeroso. Esse grupo do Zé Carlos era do Grupamento A. Fomos encontrar as batidas, depois, soubemos que era do Grupamento B, do Osvaldão. Então, eu já estava a menos de 100 metros do grupo. O guia já estava saindo para a retaguarda. O guia era morador. Ele não tinha nada com a guerra. Ele estava lá auxiliando o Exército a pegar os "paulistas", que era como eles chamavam os guerrilheiros. Quando o guia começou a retrair, vi que a coisa estava feia, e continuei. Nisso, um dos guerrilheiros retorna, volta inesperadamente, e deu de cara comigo. Eu agachado e ele olhando para mim. Foi quando dei ordem de prisão para ele: Mãos na cabeça. Ele levantou uma mão, e foi quando vi que era uma mulher. Ela levantou uma mão fazendo sinal de... para eu ficar olhando para a mão enquanto ela desamarrava o coldre. Dei 3 ordens de prisão, mas ela não obedeceu. Quando eu vi que ela estava desamarrando o coldre ainda dei 3 ordens para ela - Não faça isso - gritando, pois sempre falei alto, meu tom de voz é esse. Quando ela sacou a arma vi que não tinha jeito e atirei. Acertei a perna dela e ela caiu, caiu feio. Ela não caiu, desmoronou. Ela deu um salto como se tivesse recebido uma patada de elefante. Ela caiu uns 3 metros depois, tal o impacto. Eu corri, ela não estava mais com a arma, estava nos estertores da dor, chorando e gritando. Eu disse: Fica calma que vamos te salvar. Olhei a arma, a selva muito cheia de folhas, não achei a arma. Meu erro: não deixei um sentinela com ela. Éramos poucos, eles eram vinte, eu precisava de gente.
Continuamos a perseguição do grupo, e eles atravessaram o córrego. Resolvi voltar, já estava escurecendo. Quando me agachei ela me atirou à queima roupa. Ela me deu um tiro na mão e acertou na face, que atravessou o véu palatino e se encaixou atrás da coluna, e eu caí. O outro tiro que ela deu acertou o braço do Capitão Curió, Subcomandante da minha equipe. O restante da minha equipe revidou, claro, encerrada a carreira de bandido da Sônia, nome da guerrilheira. Fui carregado em uma rede e transportado na mata.
Altas horas da noite, os soldados que estavam me carregando passaram os seus fuzis para o outro do lado. E o que ia levando 2 fuzis, um fuzil batendo no outro, fazia muito barulho na mata. E era um barulho que se propagava muito a longa distância. Eles armaram uma emboscada, teria sido o fim. Mas, aquele companheiro, com o qual eu brigava tanto pedindo que deixasse de fumar, nos salvou. Ele, que assumiu o comando da equipe, pediu para parar para dar uma pitada. Isso, a uns 50 metros da emboscada. Paramos e ficou aquele silêncio. Eu fui estendido no chão, dentro da rede, sangrava muito, quase desacordado.
Eles, então, achando que havíamos pressentido a emboscada, aqueles valentes guerrilheiros, fugiram. Claro que eles teriam matado todos nós. Não tenham dúvida. Nós estávamos completamente sem atenção. A minha equipe estava levando o seu comandante quase morto para o primeiro local onde a ambulância poderia alcançar. Na localidade de São José, eles pediram uma ambulância para levar um ferido. De São José, a ambulância me levou para Bacaba, de lá para Marabá e de Marabá para Belém, onde passei uns dias para me restabelecer e ter condições de viajar. Depois fui levado para Brasília onde fui operado. A operação se revestia de cuidados especiais, porque, do contrário, eu ficaria paraplégico para o resto de minha vida. Graças a Deus, as seqüelas foram muito menores e hoje eu estou falando aos senhores aqui, com muita honra.
É muito difícil falarmos em conclusões de uma luta de 4 anos. Citarei apenas 2 itens das conclusões. Permitam-me que os leia. Por isso, coloquei os óculos. Não há mais necessidade de os bandidos me olharem no fundo dos olhos. Estou à disposição deles, a qualquer momento. Quem quiser confirmar comigo o que disse, o meu endereço está na Internet. Terei muita satisfação em olhar no fundo dos olhos deles e repetir tudo o que acabei de dizer aos senhores: nada temos a esconder.
Primeira conclusão: tenho imenso orgulho de ter participado dessa luta, por ter agido positivamente para evitar que os guerrilheiros do PCdoB implantassem no País um regime comunista igual ao de Cuba, com paredão e tudo - e esse risco não acabou.
Segunda conclusão: além de prestar homenagem às bravas esposas dos militares, tanto daquela época quanto da atual, estendo aos membros da minha valorosa equipe a honra de que estou sendo alvo presentemente.
Muito obrigado (Palmas.)
Fonte:  A Verdade Sufocada
COMPLEMENTO DO CEL LÍCIO:
É conveniente saber de alguns detalhes, não dos fatos que revelei no discurso, mas dos bastidores, do procedimento da ala revanchista (comunistas e majoritária) da Câmara e alhures.
O Dep. Jair Bolsonaro conseguiu aprovação para realizar na Câmara a homenagem aos combatentes mortos no Araguaia e me convidou para gravar um vídeo para ser projetado durante o discurso que ele, Deputado, faria na ocasião. Fizemos um vídeo, mas não ficou bom. Fizemos outro e foi considerado razoável (era aquela monotonia de responder perguntas).
No dia da solenidade, poucos momentos antes do início da cerimônia em Plenário, a ala comuna embargou a projeção do vídeo alegando não estar nas normas da casa. O Deputado Bolsonaro, depois de muita discussão, concordou, mas exigiu que eu iria falar ao vivo, de improviso.
Os “vermelhinhos sem-vergonha”, achando que estavam impedindo a projeção de um vídeo bem ensaiado, concordaram com a minha fala na tribuna. E assim foi feito, com o resultado bem melhor do que se fosse projetado o vídeo, para desespero deles, o tiro saiu pela culatra.
Para a solenidade, o Deputado Bolsonaro fez distribuir, além dos convites gerais a civis e militares, os de praxe às autoridades militares de Brasília e solicitou por ofício ao comandante a banda militar do EB que sempre era cedida à Câmara para solenidades habituais.
Na época, o comandante (?) era o Albuca furador de fila de aeroporto, o pior comandante que o EB já teve, desde Calógeras (hoje ele é do conselho da assaltada-petrobras, ganhando, além dos vencimentos de general, mais de 70 mil reais, talvez até livre de imposto de renda). Todos estão lembrados que ele pagou a Medalha de Caxias para genoínos, dirceus, valdirpires, e qualquer cagalhão do desgoverno que aparecesse em Brasília. E, é bom ressaltar, os vaselinas VO fazem muita festa quando da presença dele nas rodas de militares, como sempre é observado... (sempre os melancias).
Tudo foi negado, obrigando a que fosse providenciado um corneteiro para dar o toque de clarim, toque de silêncio, em honra aos valorosos combatentes que deram sua vida na defesa da Pátria combatendo os comunistas do Partido COMUNISTA do Brasil (PCdeBosta). Além disso, foi recomendado aos Comandantes das Unidades a retenção dos militares no Quartel. Grande Albuca! Já morreu, já virou múmia ambulante e ainda não se tocou...
Foi o mais bonito, além de emocionante, toque de silêncio que ouvi nos meus quase oitenta anos de existência, sendo trinta e três na Ativa, executado magistralmente por um cabo-corneteiro do Exército (à paisana, naturalmente para não ser retaliado...).
Sempre afirmo que a nossa sorte tem sido ter, nesses últimos mais de vinte anos, o Deputado Jair Bolsonaro na Câmara em Brasília e os dois filhos, Flávio (Deputado-RJ) e Carlos (Vereador-Rio de Janeiro), coadjuvando seus esforços, além de assegurar uma rara demonstração de cidadania e ética, na defesa dos direitos da tão desiludida família militar.