sexta-feira, 17 de abril de 2009

END, Estratégia da Capacitação ou da Subordinação?

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Escoimados os delírios de potência militar, o que resta da END?
Durante décadas, a camarilha que hoje está aboletada no Poder, invariavelmente, dia sim e no outro também, torpedeou, vigorosamente, as tentativas de reequipamento e modernização das Forças Armadas.
Esbravejou contra a indústria Bélica Nacional que florescia. Sem dó, nem piedade, abortou o Programa Nuclear Brasileiro. O PT ia até às últimas conseqüências, e sempre conseguia eleger o Prefeito de Angra dos Reis, que seguindo a cartilha do partido, infernizava a direção da Usina Nuclear de Angra. Era um inferno de passeatas e protestos.
Aplaudiram de pé quando o "impoluto" Collor jogou a pá de terra no Programa Nuclear Nacional.
Incansavelmente, verberaram e conseguiram aniquilar com as Indústrias de Material de Emprego Militar (MEM). Com a campanha do desarmamento desenfreado sepultaram as indústrias nacionais de armas leves.
Na atualidade, após reduzir à penúria o Estamento Militar, degolaram pela metade o efetivo de cerca de 80 mil recrutas incorporados anualmente. O que por si, já era um modesto efetivo, diante do universo de quase dois milhões de jovens em condições de cumprir o Serviço Militar Obrigatório.
Alguém tem dúvidas de que assim, sorrateiramente, diminuem o pouco de influência que as Forças Armadas ainda têm sobre uma parcela da sociedade?
Alguém acredita que exista alguma outra Instituição que ensine aos jovens o Respeito, a Cidadania e o Amor à Pátria, e que cultue e professe Valores e Virtudes como as Forças Armadas?
O desgoverno criou do nada, sem maiores delongas uma esdrúxula e INCONSTITUCIONAL "Força Nacional de Segurança", sabe-se lá com que segundas ou primeiras intenções.
Anualmente, contingencia os recursos orçamentários das Forças Armadas.
Ultimamente, inviabilizaram a Base de Alcântara, repassando quase toda a sua antiga área para os "Magníficos Quilombolas".
Agora, de repente, o desgoverno passa a acenar às Forças Singulares com projetos mirabolantes, que não se coadunam com as experiências do passado. Reza o bom senso que é bom colocar as barbas de molho, e analisar quais os reais objetivos por detrás do muro.
Não podemos esquecer que a camarilha odeia os militares até "às vascas da morte". Este é um aspecto que não pode ser relegado facilmente.
E o vencimento dos militares, que não nos deixa mentir nem divagar?
Recordem que os encarregados das finanças (?) sempre deram um chega prá lá nas justas pretensões dos militares (haja vista a defasagem em relação aos demais poderes e, inclusive, em relação às Forças Estaduais). É, meus amigos, aquela diferença contra nós foi conquistada pouco-a-pouco, fruto de um respeito e de uma admiração que a camarilha da esquerda tem pelas Forças Armadas e pelos seus ingênuos integrantes.
Por acaso, o verdadeiro projeto não seria o de arrasar o pouco que havia antes, para (re)construir(?) novas instituições militares à sua feição e subordinação?
Entre outras coisas, a END, provavelmente, sob a influência do "brasilianist" Mangabeira Unger, adota um modelo parecido com o americano de Estrutura Militar no seu mais alto nível, esquecendo-se de que, se o modelo serve lá, não significa que deva ser adotado por aqui. No caso, recordo de um amigo, com vasta experiência nos EUA, que uma vez nos afirmou o seguinte: "A enorme diferença entre as Forças Armadas Brasileiras e as americanas é que as Forças Armadas dos Estados Unidos existem para lutar as guerras do seu País, enquanto nós..."
Fomos vencidos é verdade, mas não precisam chutar a nossa paciência.
Nem o nosso saco...
Brasília, DF, 15 de abril de 2009
Gen. Bda R1 Valmir Fonseca AZEVEDO Pereira
Fonte: Ternuma,
com indicação do meu amigo Geraldo VP.

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