sexta-feira, 3 de abril de 2009

Baduel é Preso na Venezuela

Dissidente chavista é acusado de desvio de fundos
AP e Reuters, CARACAS, ESP
Um dos principais dissidentes chavistas, o general da reserva e ex-ministro da Defesa da Venezuela, Raul Isaias Baduel, foi detido ontem por agentes do serviço de inteligência militar no Estado venezuelano de Aragua. Baduel, que acusa Chávez de "perseguição política", tinha audiência marcada para hoje no Tribunal Militar, onde responde à acusação de desvio de US$ 14,4 bilhões no período em que esteve à frente do Ministério da Defesa, em 2006 e 2007.
Segundo a mulher dele, Cruz María, o carro do casal foi fechado por agentes quando estava perto de casa. Os militares "colocaram uma pistola contra a cabeça dele e o impediram de fazer qualquer ligação para seus advogados".
O advogado de Baduel, Omar Mora Tosta, disse que "não havia necessidade para uma ação incompreensível do ponto de vista legal e que atenta contra os direitos" do seu cliente. Baduel já havia sido detido em outubro passado, também na véspera de prestar depoimento, sendo liberado em seguida.
O ex-ministro da Defesa se distanciou de Chávez no fim de 2007, quando passou a criticar o projeto de reeleições ilimitadas do presidente. Desde então, Baduel é acusado de desvio de fundos. O general diz que o caso "não tem nenhuma conotação jurídica" e serve apenas para "calar" suas críticas como dissidente.
Fonte: Brasil Acima de Tudo
COMENTO: esse é o destino dos "cumpanhêros" que ousam discordar dos chefes do Foro de São Paulo. Enquanto servem à causa são prestigiados, logo que demonstram algum descontentamento são acusados e "condenados" rapidamente por corrupção (vide os cubanos Felipe Pérez Roque e Carlos Lage, mais recentemente, e Roberto Robaina e Arnaldo Ochoa há mais tempo) e só se salvam se fizerem uma autocrítica confessando sua traição "à revolução". Há casos em que o descarte é mais simples, o possível dissidente é assaltado e/ou sequestrado, e morto por "criminosos comuns" (pessoas que possam ter assistido algo comprometedor também podem ser vítimas de "crimes comuns").
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