sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Eu Já Não Agüentava Mais NÃO Me Comover Com a Pichadora...

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Ah, que bom! O Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu uma liminar e mandou soltar a pichadora gaúcha Caroline Pivetta da Mota, essa pobre adolescente revoltada de 24 aninhos. Eu não agüentava mais NÃO me comover com essa moça. Eu não já não agüentava mais dizer para mim mesmo que lugar de pichador é mesmo na cadeia — de Pivetta e de quantos se dedicam, como ela, a emporcalhar a cidade com seus garranchos. Enquanto a algaravia de pessoas boas e justas clamavam por sua libertação...
Ah, sim: antes que o jornalismo chulé — estou sob o impacto do vocabulário lulista — indague se o Daniel Dantas também não deve ir para a cadeia, respondo: seguindo o processo legal, sim! Como se seguiu o processo legal no caso dessa mulher adulta. Parece que os advogados desta mártir do spray não sabiam fazer direito um habeas corpus. E aí os “artistas”, os “jornalistas” e os “progressistas” começaram a gritar para que se desse um “jeitinho”. O ministro Juca (Quem?) Ferreira, da Cultura, chegou a apelar até ao juiz de direito José Serra. Paulo Vannuchi, um desocupado permanente em busca de uma confusão ou de uma causa, também saiu em defesa da pichadora.
Quem é ela? Uma indignada? Não gostou da vigarice da Bienal, com o seu andar vazio, e resolveu protestar, o que conferiria a seu gesto, vá lá, alguma motivação ou sentido? Não! Ela é uma espécie de pichadora profissional. Já foi pega fazendo a mesma coisa outras vezes. Até que esses vândalos não agridam alguma obra que os vigaristas politicamente corretos considerem intocável, continuarão a fazer a defesa e a glorificação do crime, buscando motivações sociológicas mais profundas para o seu crime. Logo aparecerá algum ensaio provando que, de fato, ela é mais uma vítima do neoliberalismo e, sei lá, do fetiche da mercadoria no momento do desencanto do capitalismo financeiro... O vocabulário da pilantragem submarxista voltou a rondar os textos dos Montaignes e Adornos de araque.
Até que não se prenda Dantas, devem-se abrir as portas de todos os presídios? Se ele não for trancafiado, então tudo é permitido? Já não bastam as agressões ao estado de direito sob o pretexto de pegar o banqueiro? Vamos começar a estimular agora o crime comum? “Ah, é um exagero deixar a coitadinha presa por 50 dias...” Vamos ver: considerando-se seu histórico, talvez não. Convenham: com ela trancafiada, a cidade fica um pouco mais limpa... Exagero, aí evidente, é fazer desta moça a Joana d’Arc dos garranchos.
Vinte e quatro anos e pichando a cidade por aí?
Os meus leitores do Rio Grande entenderão:
mas que falta de guasca!


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