terça-feira, 29 de abril de 2008

Venha Militar. Pela Democracia.

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Ontem o Coturno Noturno fazia uma provocação e um questionamento: por que os militares da reserva não participam da vida política? Por que permanecem nos seus clubes do bolinha, assinando cartas de apoio e manifestos rebuscados contra governos eleitos, em vez filiar-se a partidos políticos (ou criar um), ir para a rua em busca de votos, concorrer a cargos eletivos, participando diretamente do jogo democrático?
Será que o repouso do guerreiro, com as suas benesses incomparáveis, é muito melhor do que continuar defendendo o povo brasileiro? Benesses???? Sim, em relação ao paupérrimo mundo civil e paisano, que recebe no máximo dez mínimos de soldo na aposentadoria, sem correção ao longo dos anos e com todos os fatores previdenciários. 
Hoje, por mais baixos que sejam os salários, os militares inativos (aposentados e pensionistas) recebem R$ 17,9 bilhões por ano dos cofres públicos. Já os militares da ativa, simbolizados neste momento pelo General Augusto Heleno, com seus soldados índios e não-índios da Amazônia, recebem apenas R$ 10,2 bilhões por ano. Ou seja: os militares da reserva e seus dependentes recebem 75% a mais do que os praças, graduados e oficiais que ralam nas unidades militares.
Na prática, há um batalhão enorme de "milicos" com capacidade, talento e tempo de sobra que poderiam estar na vida pública, fortalecendo a democracia e lutando por um Brasil melhor. Vereadores. Deputados. Senadores. Daqui a pouco, presidentes. A eles, o Coturno Noturno dedica a biografia de Jarbas Passarinho, para que a inspiração substitua a conspiração regada a uísque escocês entre raquetadas de tênis. 
E lança uma campanha que vai passar a fazer parte deste Blog: DEMOCRACIA NÃO TEM RESERVA: VENHA MILITAR!

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